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Crédito ou débito - máquinas de dinheiro

Autor(es): Roberta Scrivano

Com lançamentos, bancos acirram disputa no setor de cartões, que vai girar R$ 833 bi este ano

Bandeiras próprias, reformulações e investimentos em ampliações de redes são algumas das armas utilizadas por grandes bancos — como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander — no lucrativo mercado brasileiro de cartões. No centro da disputa, cada vez mais acirrada, está um setor que cresce a taxas de 15% ao ano, movimentou R$ 724,3 bilhões em 2012 e deve girar R$ 833 bilhões este ano. No primeiro semestre foram R$ 384 bilhões no país, uma alta de 17% sobre o mesmo período de 2012, de acordo com dados da Associação Brasileira de Cartões (Abecs).

Os números dos balanços dos dois maiores bancos privados do país dão uma boa medida desse movimento. No Bradesco, 35% de suas receitas com serviços no terceiro trimestre vieram da área de cartões, enquanto as tarifas cobradas pela manutenção das contas correntes representaram 18%. Já no Itaú Unibanco, que incorporou os 50% da Redecard que estavam nas mãos do Citi, 40% da receita com serviços vieram dos cartões, ao passo que a arrecadação com as tarifas de conta representaram 19% do total.

O lançamento da bandeira Hiper e a reformulação da Redecard, rebatizada de Rede, movimentos feitos recentemente pelo Itaú Unibanco, esquentaram a guerra. Do outro lado do front está o Bradesco, com a Elo e a Cielo — respectivamente a bandeira e a rede de cadastra-mento e captura das transações das maquininhas nas lojas (chamada de adquirência). Na empreitada, o Bradesco tem como sócios no negócio a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

De olho nas classes emergentes

Além do potencial de negócios, a opção dos maiores bancos do país por bandeiras próprias de cartões é parte da estratégia de elevar as receitas com serviços, já qué as operações de crédito tendem a render menos com a perspectiva de taxas de juros menores no país e a preferência
por linhas de crédito mais conservadoras, para fugir da inadimplência.

— Os bancos têm remuneração em toda a cadeia do cartão, desde a cobrança de aluguel da máquina e da antecipação dos pagamentos aos estabelecimentos comerciais, até a taxa de juros do rotativo cobrada dos clientes. Com o padrão de menos risco adotado pelos bancos no crédito, é preciso gerar ganhos em outras fronteiras — explica Luís Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Rating.

Com as bandeiras próprias, os maiores bancos nacionais — que pagam royalties quando emitem cartões das bandeiras internacionais, como Visa, MasterCard e American Express — miram as novas classes emergentes e ampliam as margens nos seus negócios. Atualmente, a posse de cartões é mais representativa nos extratos sociais mais altos. De acordo com a Abecs, nas classes A e B, 90% das pessoas têm cartão; na classe C, são 70%; e nas D e E, são 42%.

— Existe um espaço de crescimento muito grande. Há uma oportunidade enorme de capturar receita, que será disputada pelos bancos — afirma Marcos Bader, diretor-geral do Bradesco Cartões.

Nem no Bradesco nem no Itaú Unibanco é preciso ser correntista para adquirir cartão das bandeiras nacionais. As duas instituições também fazem questão de frisar que os cartões Elo ou Hiper não são necessariamente para as classes C, D e E. Mas compartilham da estratégia de converter as taxas de anuidade do plástico (R$ 10 mensais) em crédito para celular pré-pago.

— Inicialmente, a oferta que pensamos é para rendas média e baixa. E também é um produto que tem apelo aos não bancarizados — conta Marcos Magalhães, diretor de cartões do Itaú Unibanco.

Fonte: O Globo - 11/11/2013

 


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