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Capacidade de endividamento menor afeta concessões de crédito

O ano de 2014 será novamente de ajustes para a concessão de crédito. A expectativa dos analistas é com taxas de inadimplência menores e menos recursos destinados ao consumo. Caso a formulação da política econômica mude de mãos após as eleições do fim do ano, afirma Nicola Tingas, economista chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), pode haver surpresas. Para ele, em 2014 "haverá melhora no ritmo de expansão do crédito, mas ainda será um ano de transição".

Tingas avalia que "o longo ciclo de expansão verificado na última década, da forma como ocorria, está esgotado". Mesmo com crescimento de 14,6% no ano passado, o crédito vem perdendo fôlego desde 2010, quando aumentou 20%. No ano passado, houve um arrefecimento em função de obstáculos que já estavam presentes na economia brasileira e atingiram o ápice: aumento da inadimplência, restrições orçamentárias das famílias, modelos de concessão de crédito ajustados ao controle dos riscos, alta persistente da inflação, redução do ritmo de crescimento econômico, incerteza e redução na propensão a consumir.

A retração do consumidor foi, aliás, um dos fatores que levaram o comércio a ter em 2013 seu pior ano em uma década, dizem especialistas, como o economista Luis Rabi, da Serasa Experian. Os dados do Banco Central mostram claramente que a opção pelo consumo perdeu fôlego, encerrando o ano praticamente estável em relação a 2012, ao passo que os investimentos, medidos pelos desembolsos do BNDES, aumentaram 15% e o crédito imobiliário, 34%.

A retração do crédito ao consumo pode ser explicada por uma conjunção de fatores. O crescimento da inadimplência dos anos anteriores, principalmente em 2010, levou os bancos a se tornarem mais seletivos na concessão de empréstimos. O consumidor também colocou o pé no freio ao perceber que não estava dando conta de tantos compromissos. Tanto que as modalidades de crédito pessoal cresceram de forma mais acelerada que o financiamento de bens e serviços em 2013, numa clara tentativa de o público colocar as contas em dia, diz Wermeson França, economista LCA consultores. Houve uma troca de dívidas mais caras por outras mais baratas a fim de saldar os débitos, afirma. "Isso fica claro nos balanços dos bancos publicados este ano."

O maior planejamento do consumidor tem sido considerado um processo natural de educação financeira, de acordo com o diretor do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel. O BC considera que o crescimento das linhas direcionadas (crédito rural, imobiliário e recursos do BNDES) acima da expansão dos chamados recursos livres é um indicador dessa evolução. As linhas "livres" cresceram 7,8% em 2013, contra 24,5% do crédito direcionado.

Os números são "bem condizentes com o nível de atividade", destaca o economista da LCA. A capacidade de endividamento das famílias está mais limitada, houve aumento dos juros e os bancos privados estão com uma postura mais conservadora, focando o menor risco, explica. Para França, as empresas podem elevar a tomada de crédito este ano com a substituição de recursos do BNDES pelos dos bancos comerciais. A agência de fomento está com sua capacidade de crédito próxima do limite, diz. A consequência imediata é que o volume pode até aumentar, mas as operações ficarão necessariamente mais caras.

O crédito para empresas é o que se encontra mais desassistido, afirmam os especialistas

Fonte: Valor Online – 17.03.2014

 


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