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Com chuvas abaixo da média, risco de apagão é de 94%, diz Citibank

Por Zulmira Furbino e Silvio Ribas

 Especialistas refazem projeção com base nas projeções oficiais de chuvas divulgados pelo NOS

Março acabou sem chuva suficiente para tranquilizar o Brasil quanto à garantia de fornecimento de energia e com dúvidas bastantes sobre o que poderá ocorrer caso as vazões médias naturais fiquem abaixo da média histórica no período seco, que deveria começar a partir desta terça-feira. Com base nas projeções oficiais de chuvas divulgadas na última sexta-feira pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o risco de déficit de abastecimento de energia no Brasil em 2014 subiu de 71% para 94%, estimam especialistas em energia do Citibank. O cálculo leva em conta que o volume de água acrescentado aos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração no país, deve ser equivalente a 83% da média histórica para o mês de abril.

A situação põe o governo na berlinda: se nenhuma providência for tomada, há indicação de um esgotamento acentuado dos reservatórios durante o período de estiagem, que vai até novembro. A alternativa para isso seria a racionalização ou a restrição do consumo de energia. De acordo com os analistas Marcelo Britto, Kaique Vasconcellos e Stephen H Graham, que assinam o relatório do banco, se a previsão do ONS se confirmar, as chuvas de maio a dezembro precisariam atingir 108% da média para eliminar completamente o risco de racionamento. Eles ressaltaram que um corte de 5% do consumo nacional seria suficiente para manter o equilíbrio entre oferta e procura.

Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que o nível dos reservatórios estava em 36,24% no domingo, mas, durante a estiagem iniciada em janeiro, já chegou a cair a 35,5%. Usinas hidrelétricas importantes para o armazenamento de energia no país estão em situação crítica. É o caso de Três Marias, que, com 18,81% de água armazenada, já reduziu a geração de energia e a quantidade de água que ajuda a regularizar reservatórios importantes do Nordeste, como Sobradinho e o complexo de Paulo Afonso. Furnas também apresenta um nível preocupante, com 27,5% de sua capacidade, sem contar Itumbiara (23,61%) e Nova Ponte (25,52%).

“Se, por um lado, não houve melhoria nas afluências em abril, por outro pelo menos o nível dos reservatórios não caiu. Isso reverte a tendência de janeiro e fevereiro, quando o volume encolhia cerca de 0,5% ao dia”, diz Flávio Neiva, presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage). A partir da segunda quinzena de março, a queda foi para 0,2% ao dia. “A tendência foi revertida, mas não houve recuperação perceptível nos reservatórios. Com isso, o fechamento da estação chuvosa foi deixado para abril”, afirma.

A expectativa do ONS é fechar o período chuvoso com os reservatórios em um nível de acumulação de 41% (em maio), mas os especialistas são menos otimistas e falam em algo entre 36% e 38%. Nas simulações apresentadas pelo governo aos agentes do setor, os reservatórios das hidrelétricas chegarão a novembro com 15% da capacidade se a afluência ficar em 85% da média no período que vai de abril a novembro. O problema é que, hoje, essa média está em 60% no Sudeste e 30% no Nordeste. Tecnicamente, ainda não se sabe as consequências caso as usinas passem a rodar nesse patamar.

As mais conhecidas são a queda de produtividade, a redução da geração máxima e a formação de vórtices de água perto das turbinas. Outra temeridade é chegar ao início do próximo período chuvoso com apenas 15% de volume útil nos lagos das usinas. Em dezembro do ano passado, o volume útil dos reservatórios estava em 42%.

No limite

Para Mikio Kawai Jr., diretor executivo da Safira Gestão e Consultoria em Energia, a questão agora já não é esperar que os reservatórios se encham porque já se sabe que isso não vai ocorrer. “Precisamos saber se teremos um período seco com chuvas suficientes para conseguirmos respirar ao longo do ano. Chegar ao fim do ano com 15% de armazenamento é preocupante, porque beira a dificuldade operativa”, observa.

Para os especialistas do Citbank, porém, “se esse jogo continuar por muito tempo e as chuvas não vierem, as chances começam a apontar para um futuro racionamento de maior magnitude, de cerca de 20%", em referência à dimensão da economia que pode ser necessária em 2015.

Empresas como a Cesp e a Cemig vêm conseguindo obter ganhos em momento de altos preços de eletricidade a curto prazo, conforme ocorre hoje, segundo o Citibank, mas essas companhias também perderiam em caso de racionamento. Com a cotação recorde de R$ 822,83 o megawatt, a energia negociada no mercado à vista já rendeu R$ 9 bilhões aos agentes nos dois primeiros meses de 2014.

Fonte:Em.com.br - 01.04.2014

 


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