SÃO PAULO - Com o início iminente da Copa do Mundo, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Aproveitando esse momento, a Euromonitor, braço de inteligência da revista britânica The Economist, lança hoje relatório com o perfil econômico do País e suas perspectivas para o futuro.
Na avaliação da consultoria, o problema atual do Brasil é estrutural: o modelo de crescimento baseado no aumento de consumo das famílias chegou a um limite - com juros estão em 11% - mas a taxa de investimento não sai do lugar.
A formação bruta de capital fixo como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 18,3% em 2013 - inferior aos 19,4% em 2010 e menor do que em países como México (21%) e Índia (27,9%). Como exemplo de sucessos recentes na América Latina, são citados pela pesquisa o Peru e a Colômbia.
Ainda assim, o Brasil continua promissor no longo prazo e deve ultrapassar a França e o Reino Unido para se tornar o quinto maior mercado consumidor do mundo em 2023.
O crescimento da próxima década deve continuar sendo marcado por queda da desigualdade, convergência entre as diferentes regiões e famílias menores (passando de uma média de 3,9 pessoas em 2000 para 2,9 em 2030).
Com base nos números da Moody's, a Euromonitor entende que o evento deve trazer em 2014 um aumento de 10% nas chegadas internacionais de turistas e uma expansão de 5,9% no setor de alimentação (que ficou estacionado no ano passado), mas os empregos gerados são, em sua maioria, temporários e de pequeno peso no mercado de trabalho.
Fonte: DCI / Gestão Sindical - 10/06/2014