"Dilma Rousseff defende realização da Copa no país: "No jogo, que começa agora, os pessimistas já entram perdendo"
Às vésperas da abertura da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff fez uma defesa veemente da realização do torneio no Brasil, em pronunciamento de dez minutos ontem à noite,em rede nacional de rádio e televisão. Dilma rebateu as críticas de que recursos para saúde e educação teriam sido desviados para a Copa, exaltou o legado em infraestrutura, criticou os pessimistas contrários ao evento e defendeu a liberdade de manifestações.
"Tem gente que alega que os recursos da Copa deveriam ter sido aplicados na saúde e na educação. Trata-se de um falso dilema", disse a presidente. Dilma afirmou que investimentos nos estádios tiveram recursos de bancos públicos federais, governos estaduais e empresas privadas, em um total de R$ 8 bilhões. Em contrapartida, entre 2010 e 2013, Estados e municípios e governo federal investiram cerca de R$ 1,7 trilhão em educação e saúde. "O valor investido em educação e saúde no Brasil é 212 vezes maior que o investido nos estádios", disse.
Dilma acrescentou que as contas da Copa estão sendo analisadas "minuciosamente" pelos órgãos de fiscalização e eventuais irregularidades serão punidas "com o máximo rigor".
A presidente criticou aqueles que pregaram a não realização do evento. "No jogo, que começa agora, os pessimistas já entram perdendo". Segundo ela, os estádios ficaram prontos, os aeroportos tiveram a capacidade dobrada e frisou que "não haverá falta de luz na Copa, nem depois dela". Chamou de "ridículas" as previsões de que haveria até epidemia de dengue.
A presidente usou a comparação entre o Brasil que sediou a Copa de 1950 e o país dos dias de hoje para mencionar os protestos e exaltar o avanço democrático e a plena liberdade de manifestação. "Desfrutamos da mais absoluta liberdade e convivemos com manifestações populares e reivindicações que nos ajudam a aperfeiçoar, cada vez mais, nossas instituições democráticas."
Por Valor Online / Gestão Sindical 11/06/2014