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Melhora do nível de emprego nos EUA esconde outras fragilidades econômicas

Por Valor Online

A expansão econômica dos Estados Unidos está entrando no sexto ano com o melhor período de fortalecimento do mercado de trabalho em quase dez anos. Por trás desse cenário positivo, porém, estão ocultos pontos que preocupam economistas e formuladores de política.

Na semana passada, empolgados pelos robustos dados sobre emprego, os investidores levaram a Média Industrial Dow Jones a superar os 17.000 pontos pela primeira vez. Na quinta-feira, o índice fechou em alta de 0,5%, para 17.069,26 pontos. (Sexta-feira foi feriado nos EUA.)

O crescimento geral no nível de emprego em junho mostrou um aumento da confiança das empresas e a redução da cautela que definiu o mercado de trabalho nos cinco primeiros anos após o fim da recessão. Os empregadores acrescentaram 288.000 vagas no mês e a taxa de desemprego caiu para 6,1%, o nível mais baixo desde setembro de 2008, informou o Departamento do Trabalho. O índice se aproxima agora de um cenário que economistas consideram de pleno emprego.

Mas esses indicadores ainda não captam outros pontos fracos no espectro do emprego nem explicam o mistério de uma economia que ainda luta para ganhar velocidade suficiente e sacudir vários males, mesmo anos após o fim da recessão.

O consumo continua fraco, reflexo de um mercado que está criando empregos, mas apresenta tépido crescimento dos salários. E a fatia dos americanos que trabalha ou está buscando emprego está próxima do nível mais baixo desde o fim dos anos 70.

A PMW Technologies Inc., fornecedora de um software de recursos humanos chamado PeopleMatter, é um exemplo da divisão na economia. Em 2013, a empresa contratou 50 engenheiros de software e profissionais da área de vendas com salários mais altos, ampliando o pacote de benefícios para atrair e reter profissionais altamente qualificados. A PMW planeja 100 novas contratações no próximo ano, elevando para 250 o total de empregados. A empresa, porém, tem visto seus clientes dos setores de varejo e serviços de alimentos cortar vagas. "Estamos em uma economia confusa", diz o diretor-presidente, Nate DaPore.

A natureza dos ganhos mais recentes do mercado de trabalho apresenta um desafio para o Federal Reserve, o banco central americano. A melhoria nos indicadores de primeira linha, como desemprego e inflação, ambos próximos das metas do Fed, está alimentando especulações sobre uma elevação dos juros antes do esperado, embora dados subjacentes a esse cenário mostrem que a recuperação continua lenta.

Outros dados indicam que a economia mais ampla ainda luta para se recuperar da forte e incomum queda sofrida no primeiro trimestre. Duras condições meteorológicas e a redução nos estoques das empresas contribuíram para que a economia dos EUA se contraísse a uma taxa anualizada de 2,9% no período, o maior recuo em cinco anos.

As autoridades do Fed devem ponderar essa fraqueza contra a redução mais rápida que o esperado do desemprego. Em junho, o Fed previu que a taxa de desemprego do país poderia ficar um pouco acima de 6% no fim do ano, basicamente onde já está hoje.

Além de a fatia da população que está trabalhando ou procurando emprego continuar num dos níveis mais baixos dos últimos 30 anos, outro alerta para o Fed é o fato de ter crescido o número de pessoas trabalhando meio período porque não conseguem encontrar emprego em tempo integral. A taxa de participação na força de trabalho se manteve em 62,8%.

E embora os salários dos trabalhadores tenham subido anualmente 2% - apenas o suficiente para recompor a inflação -, os salários dão poucos sinais de que sairão dessa faixa, já que as empresas desfrutam de um cenário com muita mão de obra ociosa.

As esperanças de uma grande recuperação no segundo trimestre estão começando a esvanecer. Na quinta-feira, a empresa Macroeconomic Advisers reduziu em 0,6 ponto percentual, para 2,7%, sua estimativa de crescimento anualizado no período, depois da divulgação de dados que mostram uma alta inesperada nas importações, o que afeta o PIB. O J.P. Morgan Chase baixou sua estimativa de 3% para 2,5%.

Previsões de outros economistas para o segundo trimestre estão apenas ligeiramente acima da média de crescimento de 2,4% vista entre o fim da recessão, em meados de 2009, e o fim de 2013.

Os americanos enfrentam preços mais altos de alimentos e energia este ano, incluindo combustível. O aumento desses itens básicos pode limitar gastos em setores como restaurantes e varejo. Ainda não está claro se a melhora no mercado de trabalho está levando os consumidores a gastar mais. O diretor-presidente do Wal-Mart Stores Inc., Doug McMillon, disse a analistas durante uma teleconferência na semana passada que não está vendo muita diferença em comparação a 90 ou 180 dias atrás.

Outras empresas, porém, têm uma visão diferente. O diretor-presidente da Molson Coors Brewing Co., Peter Swinburn, disse a investidores recentemente que os últimos cinco anos foram desafiadores para os principais produtos da cervejaria na América do Norte, mas que, agora, está começando a ver sinais incipientes de recuperação.

Os dois pontos de vista podem ter a ver com circunstâncias enfrentadas por consumidores de diferentes perfis. Os de baixa renda, que formam o núcleo da clientela do Wal-Mart, ainda enfrentam perdas de emprego e cortes nos benefícios governamentais. Eles vivem uma recuperação mais lenta do que os consumidores com maior poder aquisitivo, que se beneficiaram da alta das ações e do preço dos imóveis, diz Mark Miller, analista da firma de serviços financeiros William Blair.

Outro fator que pode ter pesado sobre o consumo é que grande parte das novas contratações tem se dado em áreas de baixos salários. O setor de varejo, por exemplo, fez 40.000 contratações em junho. Em comparação, setores que oferecem salários maiores, como o de manufatura e construção, criaram 16.000 e 6.000 vagas, respectivamente.

Colaborou Shelly Banjo

Fonte: Gestão Sindical - Valor Online – 07.07.2014

 


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