Motivo é a contração de 2,9% da economia do país no 1º trimestre.
Entre fatores também está o inverno 'excepcionalmente duro', diz fundo.
Da France Presse
O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a reduzir nesta quarta-feira (23) sua previsão de crescimento dos Estados Unidos em 2014, devido à contração da maior economia do mundo no início deste ano.
A nova previsão do FMI é de que o Produto Interno Bruto dos EUA crescerá cerca de 1,7% em 2014, o que caracteriza desaceleração em comparação a 2013, quando o crescimento foi de 1,9%, e uma nova queda em relação às previsões do organismo de meados de junho(quando a previsão era de crescimento de 2%) e abril (quando a previsão era de crescimento de 2,8%), informou o fundo.
No primeiro trimestre de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos recuou a um ritimo anual de 2,9%, o pior resultado desde o 1º trimestre de 2009, quando queda foi de 5,4%. Mesmo que a economia dos EUA esteja se recuperando, essa recuperação não será suficiente para compensar o recuo do primeiro trimestre.
De acordo com o FMI, entre outros fatores para a revisão para 2014 estão um inverno excepcionalmente duro, além de correção de inventários, um mercado imobiliário que ainda tem problemas.
Embora a economia esteja em vias de se recuperar no resto do ano, a taxas bem acima do potencial de crescimento, de 3% a 3,5%, não será possível compensar o mau começo, com a maior contração em cinco anos, informou o FMI.
"Isso significa que o crescimento total para este ano será de decepcionante 1,7%", ressaltou o FMI em seu informe anual sobre a economia americana.
Melhora em 2015
O organismo internacional, contudo, parece mais otimista para 2015, quando o crescimento da economia americana deve chegar aos níveis mais altos em dez anos, a 3%, estima.
Para o ano que vem, o organismo espera um forte aumento do consumo, dos investimentos em moradia, assim como facilidades nas condições financeiras.
O fundo alertou, contudo, que mesmo assim existem riscos no cenário para o ano que vem, como uma desaceleração do crescimento nos mercados emergentes, uma alta nos preços do petróleo - gerada pelos conflitos na Ucrânia e Oriente Médio - e uma elevação das taxas de juros.
Fonte: G1 23/07/2014