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Piora nas projeções para o PIB deve afetar oferta de trabalho

Fernanda Bompan

A piora na expectativa dos analistas com relação à economia, após a "surpresa" da retração registrada no segundo trimestre, deve mudar o cenário considerado confortável do mercado de trabalho, e intensificar a desconfiança dos investidores nacionais. Por outro lado, essa revisão ajudou a melhorar as projeções para inflação neste ano, mas não será suficiente para que o indicador de preços recue e se afaste do teto da meta, de 6,5%.

Na última segunda-feira, o relatório Focus do Banco Central (BC) mostrou que o mercado reduziu pela 14º vez consecutiva a previsão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, para 0,52%. Há um mês, essa projeção era de 0,86%. Da mesma forma, ontem, estudo divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apresentou queda nas estimativas.

Na pesquisa feita com 25 economistas de instituições associadas à Anbima, em julho, a mediana das expectativas para o avanço econômico no final de 2014 era de 1,01%, nessa publicação de agosto essa perspectiva média passou para 0,30%. "O grosso dessa revisão veio com a surpresa do PIB no segundo trimestre", explicou o vice-presidente do Comitê Macroeconômico da Anbima, Fernando Honorato.

De acordo com ele, essa modificação já teve um efeito na previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano. "Mas a inflação ainda encontra resiliência, um dos motivos é porque o câmbio ainda está apreciado", afirmou. Pela pesquisa divulgada ontem, os economistas diminuiriam de 6,50% para 6,32%. "O lado positivo é que as expectativas para a balança comercial subiram de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões, isso por conta das importações [afetadas pelo câmbio]", acrescentou.

O professor do Departamento de Economia da PUC São Paulo, Claudemir Galvani, entende que a inflação é mais em função de um custo maior para as empresas, principalmente com relação a serviços, do que pela demanda interna. "Há uma concorrência muito grande nesse setor [...] Além disso, mesmo com as importações tendo que atender essa demanda, o custo dela é alto [por conta do câmbio apreciado] e repassado ao consumidor", diz.

Alan Ghani, professor de Finanças da FIA, endossa a opinião dos demais especialistas. "Com um PIB mais fraco, devido também a uma demanda menor, poderíamos pensar que a inflação seria menor, mas não é o caso. Ainda mais que haverá aumento dos preços administrados, que está dentro dessas expectativas [para não ter revisões para baixo ainda neste ano]", comenta.

Na opinião do professor da Fia, compartilhada por Galvani, um dos piores efeitos dessa piora das estimativas é que pode provocar uma queda na oferta de empregos e uma elevação da taxa de desemprego. "Com relação aos empregos já vem ocorrendo, mas não sei precisar quando irá vir uma piora, é possível que no curto e médio prazo", aponta.

Pelos últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que, em julho, houve um crescimento de 0,03%, para 11.796 postos de trabalho gerados, ante junho.

Cenário internacional

O professor da PUC disse ainda que o que deve ajudar o Brasil é a entrada de investimentos estrangeiros diretos. "Nós temos quatro fábricas de automóveis em construção do Brasil. Isto gerará um efeito mais competitivo no País, cobrindo a produção dos carros populares", avalia. "O investidor estrangeiro não olha para um País apenas no curto prazo."

Para Honorato, apesar de estar mais próximo o aumento dos juros nos EUA, a Europa deve elevar os seus estímulos monetários, gerando maior fluxo de capital, o que pode ser benéfico ao Brasil.

Fonte:  DCI –SP / Gestão Sindical -  03/09/2014

 

 


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