São Paulo - Após fechar cotado a R$ 2,51 no dia anterior, o dólar recuou na sexta-feira sessão também em meio a um maior otimismo com o desempenho da oposição na eleição de domingo. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 1,51%, a R$ 2,472. Na semana, a moeda americana fechou com valorização de 1,18% em relação ao real.
O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, teve queda de 2,18%, a R$ 2,458. Foi a maior queda percentual diária desde 18 de novembro de 2013. Na semana, o dólar comercial teve valorização de 1,11% em relação ao real.
Segundo o analista Fabiano Rufato, gerente sênior da mesa de câmbio da corretora Western Union, o dia no mercado cambial também girou em torno do cenário eleitoral. "Não teve nenhum fato novo no exterior e nem interno que pudesse gerar uma queda desse tamanho. A influência foi da reportagem da ÀVeja", a pesquisa Istoé/Sensus, que não veio ruim para o Aécio", diz.
"A semana teve volatilidade grande, com oscilações grandes entre máxima e mínima", ressalta. O real ficou em quarto lugar entre as moedas emergentes que mais sofreram desvalorização em relação ao dólar, atrás do rublo russo (-2,76%), do florinte húngaro (-1,68%) e da coroa tcheca (-1,48%).
Na sexta-feira pela manhã, o Banco Central deu continuidade às atuações diárias no mercado de câmbio, vendendo 4.000 de contratos de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho, correspondendo a US$ 197,7 milhões. Também foram ofertados contratos para 1º de setembro de 2015, mas nenhum foi vendido.
O BC também realizou mais um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro, vendendo 8.000 contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 80% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.
que os investidores vendessem dólares. O dólar à vista negociado no balcão recuou 1,83%, aos R$ 2,4630, interrompendo uma seqüência de quatro sessões seguidas de ganhos, quando avançou 3,00%. Na semana, o dólar acumulou ganho de 1,11%. A moeda para novembro, que fecha apenas às 18 horas, cedia 1,40%, aos R$ 2,4690. O giro à vista era curto durante boa parte do dia, mas melhorou à tarde, somando US$ 1,775 bilhão perto das 16h30.
Juros - A expectativa de que Aécio possa virar o jogo em cima de Dilma também conduziu a baixa das taxas dos contratos futuros de juros na sexta-feira. Com isso, ao término da negociação regular da BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,979%, de 11,029% no ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2016 indicava 11,92%, de 12,04% na véspera. O DI para janeiro de 2017 apontava 12,16%, de 12,30% na sessão regular. E o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,87%, de 12,10% na quinta-feira. (FP e AE)
Fonte: Diário do comércio – Segunda – feira, 27 de Outubro de 2014