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Governo vê risco de reajuste de energia estourar teto da meta

O governo já considera que há um risco alto de o reajuste das tarifas de energia elétrica fazer a inflação estourar o teto da meta de 2015, o único objetivo perseguido pelo Banco Central (BC) para o ano. Mas mesmo assim acredita que o ajuste mais rápido é a melhor estratégia para eliminar incertezas no horizonte da política monetária. A ordem na área econômica é não se preocupar com a inflação corrente e mais imediata, que tende a ficar mais pressionada em janeiro e fevereiro devido aos aumentos de energia elétrica e de outros preços administrados. E sim com a dinâmica dos índices de preços ao longo de 2015 e de 2016, que aponta para a convergência para o centro da meta, definido em 4,5%. A sinalização do BC é de que não irá combater os efeitos primários da alta de tarifas públicas - o que vem chamando de ajuste de preços relativos -, mas que irá "fazer o que for preciso" para combater os efeitos secundários desses choques para garantir a trajetória de convergência da inflação à meta. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC irá decidir o tamanho da nova alta nos juros básicos. A autoridade monetária indicou que o movimento será de pelo menos 0,5 ponto percentual, o que elevaria a taxa básica dos atuais 11,75% ao ano para, no mínimo, 12,25% ao ano. Os sinais emitidos pelo BC ao resto do governo são de que, apesar de os riscos terem aumentado, não irá jogar a toalha em seu objetivo de impedir a inflação de furar o teto da meta. Da mesma forma que o reajuste mais forte da eletricidade é um choque desfavorável inesperado, há choques positivos no horizonte, como a queda nas cotações do petróleo no mercado internacional. Independentemente da resultante dessas forças no cumprimento do teto da meta, o entendimento do BC é que menos inflação em 2015 é sempre melhor do que mais inflação, pois pavimentaria o caminho para cumprir o centro da meta em 2016. Pela sua mais recente projeção, divulgada no relatório de inflação de dezembro, o BC prevê uma inflação entre 6% e 6,1% em 2015, dependendo do cenário adotado para a trajetória de câmbio e juros. Nesses cálculos, porém, a premissa é que as contas de luz tenham reajuste de apenas 17% ao longo do ano - um percentual que ficou defasado depois que vieram à luz informações mais recentes sobre o desarranjo financeiro do setor elétrico, que é muito maior do que o inicialmente estimado. Cálculos apresentados nesta semana à presidente Dilma Rousseff pela equipe econômica apontam para a necessidade de um reajuste médio de 40% nas contas de luz. Mesmo que o governo consiga suavizar os repasses aos consumidor, o cumprimento da meta segue ameaçado, em virtude também dos fortes aumentos de tarifas de transporte público e das perspectivas para outros preços administrados, como planos de saúde. As estimativas oficiais mostram que cada ponto percentual de alta na energia elétrica tem impacto de 0,03 ponto percentual no IPCA. Isso significa que reajustes médios a partir de 30% já colocam o cumprimento do teto da média sob ameaça. Um fator que joga a favor do cumprimento do teto da meta de inflação é a recente queda nos preços internacionais do petróleo. Embora haja alguma incerteza sobre o repasse desses ganhos para os preços dos combustíveis - e o governo esteja cogitando aumentos de tributos incidentes no produto - uma fonte pondera que esse choque favorável de oferta se transmite à economia por mais de um canal. Um deles são os preços de insumos que usam petróleo. Outro é a queda na inflação nas economias desenvolvidas, principalmente nos Estados Unidos, o que poderá levar a um adiamento no aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano). A transmissão à economia brasileira, nesse último caso, se daria por meio da taxa de câmbio. Ajustes mais imediatos também ajudam a segurar a inflação pelo canal das expectativas. Um economista do governo ponderou que, se a solução do problema do setor elétrico for encaminhado já no começo de 2015, será eliminada uma das principais fontes de incertezas que atrapalham a coordenação das expectativas de inflação do mercado. Embora o BC venha reafirmando que seu objetivo é trazer a inflação para o centro da meta em dezembro de 2016, a expectativa mediana dos analistas privados é que o IPCA fique em 5,7% no ano. Uma das principais fontes de incerteza são justamente os reajustes dos preços administrados - o mercado espera uma alta de 8% em 2015 e de 6% em 2016. A solução estrutural da questão tarifária seria, acima de tudo, uma sinalização importante de ajuste fiscal, um dos fatores que vinha turvando a coordenação das expectativas de inflação pelo BC desde o início do ciclo de alta de juros, em abril de 2013. Um dos problemas para coordenar as expectativas é que há uma grande distância entre as projeções do BC para tarifas e as do mercado. Sua projeção é um reajuste de 6,2% em 2015 e de 5,2% em 2016. É bem provável que esses percentuais sejam majorados já na ata do Copom, que sai daqui a duas semanas.

Fonte : Valor Econômico e GS Noticias CSB 16/01/015

 


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