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Cresce tendência de queda de juros no mundo

A onda de queda de juros no mundo ganhou força ontem após decisões inesperadas de bancos centrais situados em regiões distantes do globo. O BC da Suíça, o da Índia e o do Egito surpreenderam o mercado e reduziram suas taxas de juros. Embora os argumentos de cada um dos países para as mudanças sejam diferentes, o pano de fundo é o mesmo: a fraqueza prolongada da economia global. E, por isso, as duas decisões ajudaram a aprofundar o recuo dos juros mundo afora. Na Suíça, após acabar com o teto de oscilação entre o franco suíço e o euro, o BC derrubou a taxa de depósito de -0,25% para -0,75%. Na Índia, em uma decisão surpreendente, o BC reduziu o juro de referência em 0,25 ponto, para 7,75%. E o BC do Egito cortou a taxa de juros em 0,50 ponto, para 9,25%. Ao cortar o juro que remunera as aplicações dos bancos em títulos soberanos do país, o BC suíço teve como foco o câmbio. Sem a trava de flutuação, o franco suíço ganha força por ser considerado um porto seguro na região diante da fraqueza da economia da zona do euro. O juro negativo funciona, portanto, como uma espécie de "punição" para quem optar por manter posições nesses papéis. Já a Índia e o Egito agiram para estimular a atividade. Mesmo isoladas, as ações reforçam a ideia de que, com a atividade fraca, a normalização da política monetária entre países desenvolvidos pode demorar mais do que se esperava. Portanto, colocam em questão suas expectativas para inflação e juros e, consequentemente, dão fôlego ao movimento de queda das taxas. Para o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e diretor da Deux Consultores, Marcelo Allain, o que se vê é um quadro de "divergência das economias", com os Estados Unidos ingressando em um processo de recuperação, enquanto Europa, Japão e emergentes ainda patinam no esforço para o crescimento. O efeito é a busca por ativos como dólar e os títulos do Tesouro americano (Treasuries). Isso provoca a derrocada da taxa do papel dos EUA de 10 anos, de 2,114% no começo do ano para 1,765% ontem. Ao mesmo tempo, a desvalorização do petróleo para perto de US$ 47 o barril - tanto em Nova York quanto em Londres - diminui as chances de alta da inflação americana, uma das variáveis monitoradas pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) para a determinar o início do aperto monetário. "Já tem muita gente achando que a alta de juros nos Estados Unidos não vem neste ano, o que empurra ainda mais os juros dos Treasuries para baixo", diz Allain. Um ambiente recessivo e de commodities em baixa resulta em queda dos juros também nos emergentes - e o Brasil não foge à regra. Na BM&F, a taxa do contrato futuro de Depósitos Interfinanceiros (DI) com prazo em janeiro de 2021 cedeu de 12,23% no início do ano para 12,01% ontem. E a taxa a NTN-F (papel prefixado) para janeiro de 2021 caiu de 12,46% para perto de 12,25% nesse período. O mesmo ocorreu em outros emergentes. No Chile, a taxa do título do Tesouro de cinco anos cedeu de 3,90% para 3,75% no período; no México, de 5,33% para 4,95%; na Colômbia, de 5,976% para 5,76%; na Índia, de 8,034% para 7,772%; e na África do Sul, de 7,44% para 6,815%. Esse alívio ainda não pode ser visto como uma melhora no apetite do investidor em aplicar nessas taxas de juros. Embora o diferencial entre o rendimento dos países desenvolvidos e dos emergentes esteja crescendo, o recuo das taxas parece ter mais a ver com a aposta na fraqueza da economia do que com uma percepção positiva. "Os emergentes não estão no pacote preferido dos investidores por causa da percepção negativa em termos de atividade", diz a economista da UBS Wealth Management, Marianna Costa. Por isso, a especialista acredita que o prolongamento de juros baixos lá fora não deve servir de razão para o Brasil interromper ou amenizar o aperto monetário. Ela espera que a Selic alcance 13% por causa da inflação alta, que contará com pressão extra do reajuste de preços administrados este ano. "O BC sinalizou firmemente que perseguirá a meta de 4,5% para a inflação e só alcançará esse objetivo com mais alta de juros", diz Marianna, lembrando que foi o discurso adotado pelo último Relatório de Inflação. Allain, da Deux Consultores, ressalta que o quadro externo pode dar à equipe econômica um tempo maior para "arrumar a casa", tanto do ponto de vista fiscal quanto monetário. "As indicações dadas até aqui são positivas e o ambiente externo pode dar tempo para que se coloque a economia na rota de maior rigor fiscal e monetário", diz Allain, para quem a Selic terá de subir para um nível entre 12,5% e 13% este ano. (Colaborou Antonio Perez)

Fonte: Valor Econômico e GS Noticias CSB  16/01/2015


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