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China: o novo normal

Na semana passada, a China anunciou sua taxa de crescimento em 2014: 7,4%. Os mercados e as instituições internacionais assustaram-se. O primeiro-ministro Li Keqiang foi a Davos explicar que não haverá pouso forçado, mas deixou entrever que a questão do crescimento vai mudar de foco. A China buscará concentrar-se na microeconomia, nas reformas e em inovação.

Quem acompanha as decisões da poderosa Comissão para a Reforma do Estado, que aprova investimentos estatais, dá-se conta de que já há uma bateria de projetos que ajudarão a garantir o crescimento em torno de 7% em 2015. O país não aguentaria um decréscimo brusco da velocidade do crescimento. O impacto seria econômico e político.

Mas o discurso de que a China caminha para o "novo normal", ou seja, crescimento mais estável e menos espetacular que o das últimas décadas, ganha crescente força. Não está claro onde estará o ponto de equilíbrio. Os institutos de pesquisa fazem projeções para definir que metas o governo deve adotar.

Ao mesmo tempo, as cidades do oeste, que atraem agora investimentos diretos externos e estão explodindo, não buscam números conservadores. Elas vivenciam o que Xangai, Pequim, Shenzhen, Cantão já experimentaram. Chegou a sua vez. Por que crescer em marcha lenta seguindo o cenário amadurecido do leste do país?

O processo decisório sobre as reformas requer tempo. Para cada tema onde se vai inovar, primeiro se cria uma moldura de reflexão. Em seguida, as ideias são repetidas inúmeras vezes nas reuniões oficiais, na imprensa, nos foros mais variados. A tese de que o partido único pode imprimir um ritmo acelerado às decisões é falsa.

Algo está ocorrendo. A política agrícola moderniza-se; no mundo financeiro, anunciam-se novidades relevantes, como a autorização para que bancos estrangeiros tenham liberdade para operar com a moeda local; o acompanhamento do endividamento das províncias está acirrado; a tributação passa por inovações, embora uma reforma tributária de maior vulto esteja por vir.

A reforma das estatais avança sem uniformidade. Xangai anunciou que está criando um fundo de US$ 3,2 bilhões para participar do capital das suas empresas públicas. Mas, como o fundo será composto com recursos de bancos oficiais, não se pode exatamente falar de empresas menos estatizadas.

O Banco Central tem criado incentivos para que os bancos emprestem mais a pequenas empresas. E não falta "venture capital" na China, seja dinheiro público ou privado. Mas é difícil competir com as estatais. As iniciativas recentemente mais bem-sucedidas estão em setores em que as estatais não atuam, como as plataformas de internet. E as empresas médias reclamam da falta de financiamento.

Inovação será a chave do futuro. Ela terá de vir, em boa medida, do setor privado. Criar a cultura para isso não é simples num país em que os empresários priorizam o ganho rápido e dão pouca atenção a temas como eficiência e produtividade. Criar os incentivos corretos para mudar a postura empresarial é um dos desafios maiores que o governo terá que enfrentar. E mostrar resultados.

 Fonte:  Folha de S. Paulo Online  26/01/2015 e Informativo GS Noticias da CSB 


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