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Celular e cartão pré-pago entram na briga para substituir dinheiro na carteira dos brasileiros

O medo de ser vítima de um assalto e o constrangimento que sofria nas lojas na hora de comprar um produto mais caro quando tinha que pagar em dinheiro vivo motivaram a babá Odete Linhares Araújo, de 29 anos, a buscar uma forma alternativa de gerenciar seus rendimentos. 

Ela e outros 55 milhões de brasileiros segundo último levantamento do Data Popular realizado em 2013 fazem parte dos 40% da população sem conta em banco porque tem dificuldade em comprovar renda, não possui comprovantes do lugar onde mora, não consegue pagar as tarifas ou têm algum tipo de dívida. 

Recebia todo o meu salário em dinheiro e levava parte dele comigo. Já fui assaltada saindo de um mercado. Isso mudou quando uma amiga comprou um cartão pré-pago pra mim e parei de andar com dinheiro.  

A babá lembra que o cadastro foi fácil, sem consulta ao SPC (Sistema de Proteção ao Crédito).

Hoje recebo 80% do meu salário nele, faço compras e pago contas. Como o serviço está integrado no telefone, uso o celular para fazer outras movimentações financeiras. 

Como funciona

Regulamentado pelo Banco Central no final de 2013, o serviço oferecido pelas empresas que emitem cartões pré-pagos de uso geral segue a mesma lógica das contas de telefonia pré-pagas. Diversas empresas oferecem o serviço, dentre elas o Zuum, a Super, o Itaú pré-pago, o Acesso Card e Ouro Card pré-pago.

Geralmente, o cliente compra o cartão, faz um cadastro na empresa que oferece o serviço, carrega com dinheiro e pode gastar essa grana para comprar, transferir valores, sacar nos caixas eletrônicos e fazer pagamentos. Só é possível gastar o saldo depositado. Por isso, o usuário não faz dívidas. 

Alguns cartões também são oferecidos junto com serviços das operadoras de telefonia. Este é o caso da Zuum (Vivo), do Meu Dinheiro Claro e da Oi Carteira.

Olivia Aki, diretora de produtos da Visa, lembra que os pré-pagos são velhos conhecidos dos brasileiros, que já usam vale-alimentação, vale-refeição e cartões de viagem. A diferença é que agora existem produtos para atender especificamente a população de baixa renda.

Começamos a entender que os pré-pagos são soluções para aquela parcela da população que não tem conta em banco e não quer mais correr o risco de manter o dinheiro guardado na carteira ou embaixo do colchão. O mercado ainda é pequeno, mas tem tudo para crescer.

A especialista considera o serviço um primeiro passo para inserir essa parcela da população no sistema bancário tradicional. 

O produto também ajuda na educação financeira porque o consumidor só pode usar o saldo e tem acesso a um extrato que mostra onde está gastando. Com dinheiro vivo, isso era mais difícil. O cenário é bem promissor e as empresas estão se movimentando para oferecer vários tipos de cartões pré-pagos. 

Alexandre Brito, vice-presidente de aceitação da Mastercard, projeta que os pré-pagos podem movimentar R$ 65 bilhões no País em 2017. O número, porém, ainda não é tão representativo se comparado com o total movimentado por todos os cartões (somando débito e crédito). Esse segmento movimentou cerca de R$ 1 trilhão em 2014. 

A previsão, retirada de uma pesquisa que a MasterCard encomendou para a Boston Consulting Group (BCG), indica que, no mundo, o setor de cartões pode atingir R$ 21 trilhões (US$ 822 bilhões) em oportunidades daqui a dois anos. 

Outro estudo da Euro monitor, feito a pedido do GSPP (Grupo Setorial de Pré-Pagos), projeta que cartões destes em circulação neste ano somariam 81 milhões de unidades. Já o montante transacionado em 2017 foi estimado em R$ 117 bilhões.

Desvantagens

O consultor Carlos Ogata lembra que o mercado de cartões de débito pré-pagos ainda está em desenvolvimento e não garante toda a comodidade para fazer os clientes adotarem o serviço em massa.

O principal problema, segundo ele, é a necessidade de imprimir um boleto para carregar o produto quando o usuário quer depositar dinheiro. 

A recarga não está muito bem resolvida. O cliente também tem que esperar o saldo cair na conta antes de usar. É preciso instituir uma rede de recarga melhor, parecida com a que temos na telefonia celular onde se recarrega em quase todos os estabelecimentos. 

Ogata também indica que um sistema de bonificação poderia estimular a adesão, ainda muito baixa no País. 

Brito, da Mastercard, concorda que a cadeia dos cartões pré-pagos está incompleta e que o consumidor típico sem conta em banco ainda tem o inconveniente de imprimir um boleto para recarregar.

É um fator que dificulta, mas nós desenvolvemos uma sistema que deve entrar no mercado este ano e solucionar as barreiras da recarga. 

Outro diferencial negativo são os serviços de saque em dinheiro nos pré-pagos realizados em terminais bancários, que são pagos. Se o cliente for fazer muitos saques, as tarifas são menos competitivas quando comparadas com os serviços das contas tradicionais onde os saques são gratuitos.  

Fonte : Portal R7 - São Paulo/SP - 03/02/2015  e Informativo Aserc


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