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Inflação acima do teto e ameaça de recessão

A inflação não dará trégua em 2015 e permanecerá acima do teto da meta, de 6,5%, em todos os 12 meses. Para analistas, os efeitos da recomposição dos preços administrados que foram represados pelo governo nos últimos anos para conter a carestia serão repassados aos produtos e aos serviços. Além disso, a estiagem prolongada provocará choques de ofertas de alimentos, que encarecerão ao longo do ano. No Boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), a média das expectativas do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 7,01%. 

Para conter a disparada de preços, o BC, que durante os últimos quatro anos encarou as pressões inflacionárias decorrentes do descontrole de gastos do governo, terá de continuar elevando a taxa básica de juros (Selic). Apesar de a pesquisa da autoridade monetária indicar que a Selic terminará o ano em 12,5%, os especialistas estão divididos. Alguns projetam uma última alta de 0,25 ponto percentual na reunião de março, o que levaria a taxa anual para esse patamar. Outros avaliam que o aperto monetário será ainda maior, de 0,5 ponto. 

Se, por um lado, a carestia não dará alívio ao brasileiro, por outro, a atividade econômica tende a ficar ainda mais fraca ao longo do ano. Nas projeções feitas pelo mercado no Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) terá a tímida expansão de 0,03% em 2015. Alguns analistas já estimam retração no ano, sobretudo com risco de racionamento de eletricidade. A escassez de água para o abastecimento urbano, para a irrigação e para a geração de energia também terá impacto no IPCA. 

Nas estimativas do economista-chefe da GO Associados, Alexandre Andrade, a inflação fechará o ano bem acima do teto da meta, sem ceder um único mês. Para ele, com a recomposição de preços administrado e aumento de impostos sobre combustíveis, o IPCA do ano deverá bater em 7,2%. As pressões externas também são importantes e preocupam. Projetamos que o dólar terminará o ano com custo de R$ 2,80. Para piorar, a atividade ficará enfraquecida o todo ano, disse. 

Nesse cenário cada vez mais conturbado, os analistas também revisaram as projeções para expansão do PIB. Os economistas do Itaú Unibanco Irineu de Carvalho Filho, Artur Manoel Passos e Rodrigo Miyamoto avaliaram que dados recentes mostram sinais de desaceleração da atividade em dezembro e as perspectivas para o primeiro trimestre de 2015 têm se deteriorado. Segundo eles, no setor de petróleo, os cortes em investimento e a redução na projeção de crescimento da produção vão impactar na expansão do PIB. 

Além disso, os três esperam quedas de produção industrial e de vendas no varejo ampliado. Os analistas consideram que as dificuldades envolvendo algumas construtoras podem afetar o ritmo de execução de obras de infraestrutura no curto prazo. Esses fatores os levaram a projetar que a economia terá retração de 0,5% em 2015, isso sem levar em conta o risco de racionamento. 

Câmbio 
Na opinião do economista-chefe da Concórdia Corretora, Flávio Combat, a correção de tarifas administradas é um dos fatores determinantes para as expectativas de inflação acima da meta. Além disso, ele ressaltou que o impacto do realinhamento de preços sobre toda a economia afetou as projeções dos analistas. Ele exemplificou que o aumento dos combustíveis encarecerá o frete do transporte de alimentos, e esse custo será repassado aos consumidores. As projeções incorporam também o efeito do câmbio mais desvalorizado. Diversos segmentos da indústria dependem de insumos importados, que terão custo maior em dólar, comentou. 

Conforme Combat, a inflação persistente com o ajuste de preços administrados, os repasses cambiais para a inflação e a expectativa de valorização do dólar com mudança na política monetária dos Estados Unidos levarão o BC a elevar os juros em 0,5 ponto percentual em março. Assim, a Selic iria para 12,75% ao ano. O economista aposta que, nesse cenário, a economia deve se expandir só 0,1% este ano. 

Alguns analistas estão mais pessimistas e levam em conta a crise hídrica para projetar as expectativas de inflação e crescimento do país. Na avaliação do economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira, a falta de água e a possibilidade de racionamento de energia levarão a economia para recessão e a carestia para patamar maior que os últimos anos. Nas contas dele, com o anúncio de que os brasileiros terão de conter o consumo de eletricidade, o IPCA terminará o ano de 7,5% a 8,5%, e o PIB recuará 2%. 

Silveira detalhou que esse cenário catastrófico afetará a produção industrial e agrícola. Nesse cenário, o BC não poderá fazer nada. No máximo, contratar um pajé para fazer chover e rezar bastante, detalhou. Ele explicou que a autoridade monetária desconsidera a possibilidade de racionamento nas previsões porque o governo não se posicionou oficialmente sobre a questão. Isso criaria um ruído violento e, integrar o Executivo, não seria prudente fazer essa análise. O momento é muito preocupante, sinalizou. 

·         Sinais de retração
Nas contas dos técnicos do Itaú Unibanco, a fraqueza da economia em dezembro terá reflexo nas estimativas para o primeiro trimestre deste ano. Com a confiança dos empresários ainda em baixa, a de consumidores no menor nível histórico e o alto patamar dos estoques na indústria, a instituição financeira não vê sinais de recuperação no primeiro trimestre de 2015. Com isso, o banco revisou a projeção para o PIB do primeiro trimestre para um recuo de 0,2%, ante a expectativa anterior, de expansão de 0,1%.

 Fonte:  Correio Braziliense - Edição Digital 03/02/2015 e Gs Noticias CSB


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