Ao suspender a contratação de novos financiamentos estudantis pelo Fies, o governo quer impor limites ao orçamento do programa. Até o ano passado, não havia um orçamento definido. Atendia-se à demanda existente, fosse ela qual fosse. Entre atender a demanda sem qualquer limite e estabelecer um teto para o gasto com o programa, o resultado será um corte nas verbas. Foi dado um "freio de arrumação" para colocar ordem na casa. Mas isso está criando grandes dificuldades para os novos alunos que precisam contratar um financiamento. O governo ainda não divulgou quais serão as novas regras nem os critérios que vão ser exigidos para que o aluno tenha direito ao financiamento. Não forneceu, também, um prazo para anunciar como o Fies vai funcionar daqui por diante e nem quando vai reabrir para novas contratações. O mesmo processo se dará com o Pronatec (programa que concede bolsa integral para cursos técnicos), que também não tinha um orçamento previamente definido. As negociações entre o Ministério da Fazenda e da Educação estão em curso e o ministro Cid Gomes, da Educação, estaria "muito receptivo" às ideias da Fazenda, de impor limites aos recursos disponíveis. Mas as conversas não foram conclusivas.
Fonte: Valor Online 11/02/2015 e GS Noticias CSB