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Ata do BCE revela debate sobre instrumentos contra deflação

O Banco Central Europeu (BCE) publicou, pela primeira vez, uma ata de sua reunião - a de janeiro, quando o programa amplo de compra de ativos ("QE") foi anunciado. O documento revelou o debate entre os membros do banco central acerca do momento da economia e os instrumentos que poderiam ser usados para evitar que um cenário deflacionário se instalasse definitivamente na região. Claramente havia muita preocupação nesse front, tanto que o BCE disse estar enfrentando "o risco de um período demasiadamente prolongado de inflação muito baixa" e, por isso, não permitiria uma atitude de "negligência benigna". Em outras palavras, era necessária uma ação forte, de contundência inquestionável, para reverter as expectativas. Nesse sentido, a "grande maioria" dos membros votantes considerou que compras em larga escala de títulos soberanos eram a única maneira de combater uma eventual espiral deflacionária, lembrando que a região do euro já mostra índices de preços em deflação pela primeira vez em seis anos. Peter Praet, economista-chefe do BCE, fez uma avaliação dos desenvolvimentos econômicos e monetários da zona do euro, chegando à conclusão de que a inflação provavelmente permaneceria em território negativo por algum tempo. As medidas de expectativa de inflação baseadas em preços de mercado também haviam caído "um pouco mais" no período. No debate sobre o formato do "QE", Praet recomendou que fossem comprados mensalmente ? 50 bilhões em ativos públicos e privados de março até o fim de 2016. Mas optou-se, por amplo apoio, por um volume maior e com uma duração mais curta para o programa "a fim de acelerar o [seu] impacto". Assim, as compras seriam de ? 60 bilhões, com término em setembro do ano que vem e envolveriam as já existentes aquisições de ABS (títulos lastreados em ativos) e "covered bonds" (lastreados em hipotecas), bem como de papéis denominados em euros emitidos por governos da área do euro, além de agências e instituições supranacionais. No total, o QE alcançará ? 1,1 trilhão. Outro ponto de enorme importância foi a partilha dos riscos envolvidos. A decisão foi uma ruptura, por assim dizer, com os modelos de programas semelhantes de outros BCs, como Federal Reserve, Banco da Inglaterra e Banco do Japão - qual seja, os bancos centrais nacionais (de cada um dos países da zona do euro), e não o BCE, serão responsáveis pela maior parte das perdas (se houver). Isso, para a autoridade monetária, compõe um cenário "mais compatível com a arquitetura atual de união econômica e monetária" na região. Assim, a decisão de limitar posse de ativos em 33% dos títulos foi tomada em parte para "mitigar o risco de o BCE se tornar um credor dominante dos governos da área do euro". Houve, como era de se esperar, votos contrários à adoção do QE, mas estes não foram revelados no documento. De 25 membros do conselho, 21 têm direito à voto. Para uma parte deles, a melhor opção era adotar, naquele momento, uma postura do tipo "wait-and-see" (esperar para ver), já que parecia não haver urgência a ser solucionada na reunião de janeiro. Outros consideravam que as compras de títulos privados possivelmente complementadas por compras de títulos supranacionais poderiam ser vistas como a extensão mais natural do pacote de flexibilização de crédito do conselho do BCE, tendo em conta as medidas que já haviam sido tomadas pelo banco central desde setembro de 2014. Entretanto, "foi amplamente considerado que, dado o atual nível das taxas dos títulos das empresas e o tamanho do mercado de títulos corporativos", o potencial de acomodação necessária nesta fase pareceu pequeno. Por isso, diz a ata, "foi largamente consensual que qualquer medida deveria dirigir-se para compras de títulos do governo", com as mais altas classificações de crédito, o que foi considerado suficientemente eficaz pelos membros do conselho.

 

Fonte: Valor Online 20/02/2015


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