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Área financeira refaz previsão sobre necessidade de caixa

A aprovação pelo conselho de administração da Petrobras para que a companhia capte até US$ 19 bilhões mostra mudanças na avaliação da alta direção sobre o fôlego financeiro da companhia em 2015. Uma fonte que participou da reunião afirma que houve uma "mudança de visão", já que o ex-diretor financeiro, Almir Barbassa, achava que o dinheiro que a Petrobras tinha em caixa - US$ 25 bilhões em dezembro - era suficiente para os compromissos de 2015. Fontes do Valor dizem que o caixa caiu para US$ 20 bilhões em fevereiro e o sucessor de Barbassa, Ivan Monteiro, defendeu a necessidade de "reforço adicional" com recursos de bancos brasileiros. "A ideia anterior era de não fazer captação no exercício de 2015. Mas o [Ivan] Monteiro achou que a aprovação pelo conselho desse valor será bem vista pelo mercado financeiro. É um reforço e não significa que todo esse volume será captado. O diretor queria ter essa autorização antecipada", disse outra fonte. Para banqueiros que atuam na estruturação de emissões de bônus, a estatal não conseguiria acessar o mercado internacional de dívida agora. Sem a publicação do balanço auditado, ela fica tecnicamente impedida de fazer captações externas e, mesmo que resolva essa pendência, terá de conquistar a confiança dos investidores. Um gestor de recursos observa que o rendimento dos papéis da empresa no mercado secundário está entre 7% e 8% ao ano. Para captar agora, a Petrobras teria de oferecer remuneração maior que essa, já alta para o patamar histórico da empresa. A Petrobras teve oferta de empréstimo de três bancos nacionais, já que o acesso ao mercado exterior está fechado com a falta de um balanço auditado, sem contar que o custo de empréstimos em moeda estrangeira vai subir devido à perda do grau de investimento. Como o Valor já informou, o Bradesco ofereceu R$ 3 bilhões, o Banco do Brasil disponibilizou mais R$ 3,7 bilhões e a Caixa Econômica Federal se dispôs a emprestar um valor não definido. Só com o que já está definido, o reforço chega a R$ 6,7 bilhões. O BNDES deve ficar fora, disse uma das fontes, devido a restrições impostas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A estatal pode estar enfrentando problemas de caixa devido à rápida desvalorização do real, que corrói os ganhos trazidos pelo aumento da margem de lucro que passou a existir com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional. O fenômeno fez com que as perdas da Petrobras com a venda de combustíveis a preços defasados no Brasil se transformassem em uma atividade lucrativa. Sem baixar os preços internos para acompanhar o petróleo, aumentou o lucro. Contudo, ainda não houve tempo para a estatal recuperar os US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões que perdeu com a defasagem em três anos. Agora a diferença entre preços internacionais e internos está diminuindo por causa da desvalorização do real, que torna as compras em dólares mais caras. Há estimativas que apontam para equilíbrio no preço da gasolina vendida no Brasil e no exterior. O aval para novas captações foi bem recebido por analistas do mercado financeiro. As razões do alívio, contudo, não são animadoras para se entender os problemas da estatal. Em primeiro lugar, ninguém acreditava que seria confortável para ela terminar 2015 com caixa mínimo de US$ 8 bilhões, quando antes o volume considerado mínimo para operar com tranquilidade era de US$ 15 bilhões. "Agora a empresa chegou no limite da liquidez e ter acesso a essa fonte de recursos é bom. Não vão deixar o paciente morrer e ele sobrevive até 2016", afirma um analista. Esse analista, que pediu o anonimato, considera ruim o fato de a autorização passar a mensagem "de que a companhia sempre vai poder fazer dívidas", quando precisa enfrentar o problema cortando investimento e vendendo ativo. Essa facilidade de captar, continua, faz com que a Petrobras "não tenha incentivo" para ter fluxo de caixa positivo. "A dívida de hoje é mais uma obrigação de amanhã. A companhia está se alavancando mais", diz. (Com colaboração de Talita Moreira, de São Paulo)

Fonte:  Valor Online - Quinta feira, 05 de março de 2015.


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