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Condições de crédito favorecem e pequeno produtor é aposta do setor

Em Passo Fundo (RS), mais de 70% das propriedades têm até 200 hectares e produtores compram à vista. 

Passo Fundo e São Paulo - Mais de 70% das propriedades rurais do município gaúcho de Passo Fundo são de até 200 hectares. Pequenos produtores de soja, milho, trigo, aves e suínos estão mais capitalizados e são o foco das empresas de máquinas agrícolas, em um ano de dificuldade para os grandes compradores.

É o caso da Lavoro, uma das maiores concessionárias da John Deere no Brasil, onde cerca de 50% dos resultados são provenientes dos produtores de menor porte. "Este segmento é muito qualificado, produz bem e tem resultados satisfatórios a ponto de investir. Temos proprietários de 200 hectares que compram máquinas novas à vista, tamanha a capitalização", conta o diretor da revenda, Sandro César Chioqueta.

Apoiada nos trabalhos de reposição de peças e acompanhamento pós-venda, a Lavoro espera crescer 10% em 2015, na contramão das demais expectativas do mercado. De acordo com o executivo, a concessionária atende em torno de 150 cidades que têm como característica a compra de máquinas para substituição, ao invés do uso para expansão de áreas.

Oportunidade

Para a John Deere, este é o segmento com a maior oportunidade de expansão de mercado, diante de um cenário de remuneração menor nas commodities, ocasionado pela grande oferta global. Em linha com a estratégia apontada pelo presidente da companhia, Paulo Herrmann, no final de 2014, o gerente de marketing tático, Romário Saraiva, afirma que "é no pequeno produtor que há espaço para alavancar negócios".

Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) mostram que no primeiro semestre da safra 2014/2015 os agricultores familiares acessaram R$ 16,5 bilhões do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), um montante 21% superior ao valor financiado no mesmo período da última temporada. Mais de 1,2 milhão de contratos foram formalizados e, segundo o Ministério, a maior parte é destinada a investimento em maquinário, como tratores e colheitadeiras.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão, explica que os pequenos têm condições de crédito mais favoráveis que os grandes produtores, fato que traz mais fôlego para as aquisições deste segmento nesta safra.

Enquanto a taxa de juros do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) é de 4,5% ao ano, no Pronaf Mais Alimentos as tarifas são fixadas em 2% para operações superiores a R$ 10 mil. Quando o valor de financiamento está abaixo disso, os juros são de 1%. No caso dos grandes produtores, a alternativa além do Moderfrota é o Programa de Sustentação de Investimento (PSI), cujas taxas voltaram para 7% neste ano.

Entraves

Apesar das estimativas positivas da John Deere para o segmento de menor porte, o presidente da CSMIA acredita que, em linhas gerais, o setor de máquinas agrícolas deve encerrar 2015 com retração de 10% em relação a 2014, desde que as atuais condições de financiamento sejam mantidas.

Segundo a Abimaq, o setor faturou R$ 9,5 bilhões no ano passado, ante os R$ 13,1 bilhões registrados em 2013 - o ano do 'boom' nos preços das commodities e de melhores rendimentos aos produtores. Em 2014, houve uma queda de 2% no número de empregados ligados a agricultura, com fechamento de 61.081 trabalhadores. Para Estevão, a tendência de baixa nas vendas de máquinas deve se estender até 2016, em linha com as margens de soja e milho.

"Começamos 2015 apreensivos e fomos surpreendidos com a boa notícia da manutenção das condições do Moderfrota até o final da safra. O que nos preocupa um pouco é o grande volume de maquinário que foi comercializado nos últimos dois anos, que fizeram com que o produtor se equipasse bastante", acrescenta o diretor da Lavoro.

Outra preocupação é o aumento nos custos de produção para a próxima safra. Os insumos, principalmente fertilizantes, devem chegar mais caros ao País impulsionados pelo efeito do câmbio. A alta nos valores do diesel também tende a pressionar o poder de compra no meio rural, o que dificulta investimentos no campo.

"O diesel impactou muito em nossos custos. Por outro lado, o investimento em máquinas tem que estar associado à nossa necessidade de trabalho. Algumas pessoas chegaram a comprar por conta das condições financeiras de crédito, mas se houver necessidade na lavoura, teremos que suprir", diz o produtor de grãos e pecuarista Claiton Aguiar, que produz soja, milho, aveia e gado nos municípios gaúchos de Ibiaça e Sananduva. Ao enxergar a alta, o agricultor já antecipou a compra de insumos.

Fonte:  DCI - Por: Nayara Figueiredo - Quinta feira, 05 de março de 2015.


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