- A CPI do HSBC, que investiga irregularidades em contas de brasileiros na sede do banco na Suíça, aprovou, ontem, um convite para o presidente da instituição no Brasil, Guilherme Brandão, prestar esclarecimentos sobre o escândalo chamado de Swissleaks.
Brandão era alvo de uma convocação, o que tornaria o depoimento dele obrigatório, mas a pressão da oposição levou a comissão a transformar o requerimento em convite - o que permite ao executivo indicar um representante para depor no seu lugar.
Antes de ser voto vencido, o relator da CPI, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), defendeu a convocação de Brandão ou a vinda de um diretor ou outro presidente do HSBC fora do país. "Ele pode possibilitar a vinda de um representante do HSBC em nível internacional de diretoria ou presidência", disse Ferraço . "Se ele não trouxer [representante de peso], nós vamos convocá-lo."
Mas o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a participação do presidente do HSBC Brasil não era preciso e a CPI deveria "evitar a exposição desnecessária para alguém que não deve ter sequer conhecimento do que aconteceu lá fora".
O senador tucano argumentou que o banco não é o alvo da investigação. "Tenho preocupação com o nível de exposição que pode trazer para uma instituição de nível global e para algo muito sensível que é o mercado financeiro", disse. "Acredito que o objeto não é investigar o banco, aqui se buscar encontrar evasão fiscal, sonegação fiscal, dinheiro de corrupção, do narcotráfico", afirmou. /Agências
Fonte: DCI - Sexta feira, 10 de abril de 2015.