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Fitch muda viés da nota do Brasil para negativo

A agência de classificação de riscos Fitch Ratings manteve a classificação de risco soberano "BBB" do Brasil ontem, mas revisou a perspectiva da nota de estável para negativa. Dado o atraso da Fitch com relação à classificação das outras agências, o mercado avaliou a mudança como mais um sinal de confiança nos ajustes anunciados pelo governo. "É mais uma prova de que a equipe econômica é respeitada e fundamental para a estabilidade econômica e para a percepção de risco", diz Alexandre Silvério, sócio-gestor da Quest Investimentos. "A manutenção do programa de ajustes ainda depende de detalhes, mas será buscada incessantemente pelo Levy e terá que ser implementada por Dilma Rousseff. Isso é fundamental para que as agências sigam nos dando o benefício da dúvida." A Fitch citou como fatores para a piora no viés da nota o contínuo fraco desempenho da economia, o aumento dos desequilíbrios macroeconômicos, a deterioração das contas fiscais e um aumento significativo do endividamento do governo. Esses fatores estão "aumentando a pressão para baixo sobre o perfil de crédito soberano". A agência observa que o nível da dívida pública brasileira está cada vez mais divergente da mediana dos países com nota "BBB". O peso da dívida subiu para 58,9% do PIB em 2014, ante uma média de 52,8% entre os anos de 2010 e 2013. Segundo a Fitch, a mediana "BBB" é de 40%. A agência acredita que os déficits do setor público permanecerão elevados em 2015 e 2016 - em média em 5% do PIB - devidos às dificuldades do governo em alcançar as metas de superávit primário e ao aumento do serviço da dívida. "Além disso, a recessão econômica em 2015 e uma recuperação moderada no próximo ano vai continuar a colocar pressão ascendente sobre a trajetória da dívida do governo central, mesmo sob a suposição de que o Tesouro brasileiro não vai conceder empréstimos adicionais para o BNDES", diz. A performance fraca da economia, a dificuldade na adoção de medidas fiscais em tempo hábil e a materialização de passivos contingentes representam riscos para a dinâmica da dívida do governo, diz a Fitch. A agência reconhece que o governo iniciou um processo de ajustes macroeconômico para aumentar a credibilidade da política e a confiança. Mas observa que os riscos relacionados à sua aplicação efetiva e a sua durabilidade persistem. Choques internos e externos adicionais poderiam minar o ritmo e o alcance do processo desses ajustes, avalia. A Fitch diz que o rating brasileiro é sustentado pela diversidade econômica, relativo desenvolvimento das instituições civis, uma forte capacidade de absorção de choques sustentada por uma robusta posição de reservas internacionais, o status de credor externo líquido, e um sistema bancário adequadamente capitalizado. "Além disso, a composição da dívida do governo tem melhorado nos últimos anos, reduzindo riscos de câmbio e de juros, e o soberano mantém o acesso ao mercado." A nota da agência assume um forte nível de suporte do governo à Petrobras. O cenário base da Fitch, porém, não considera uma antecipação do vencimento da dívida externa da companhia em 2015. A agência também não considera em seu cenário um racionamento de energia em 2015 e 2016. A Fitch era a agência que tinha a melhor avaliação sobre o Brasil entre as três principais empresas de classificação de risco. Ao mudar o viés para negativo, a Fitch iguala sua classificação à da Moodys: no segundo degrau da faixa considerada grau de investimento, mas com perspectiva negativa. A nota atribuída por essas duas agências está um nível acima da concedida pela Standard and Poors (S&P), que reafirmou o rating em "BBB-", com perspectiva estável, no mês passado. A Moodys alterou a perspectiva da nota "Baa2" para negativa em setembro. Era esperado que a Fitch fizesse uma ação de rating depois que sua delegação esteve no país em março. As agências costumam adotar um período regulamentar para a reavaliação de 12 a 18 meses. A última afirmação da nota pela Fitch ocorreu em julho de 2014.

Fonte:  Valor Online - Sexta feira, 10 de abril de 2015.


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