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Para analistas, superávit primário de 2% no ano que vem pode não ser suficiente

O esforço fiscal desenhado no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2016 contém pontos positivos, mas o superávit primário de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) incluído no documento não parece suficiente, sob as condições macroeconômicas esperadas, para reverter a trajetória de crescimento da dívida pública e melhorar o resultado nominal, estimam economistas ouvidos pelo Valor. Para Fabio Klein, da Tendências Consultoria, é positivo que o governo tenha optado por usar o mercado como referência para traçar os cenários, mas as projeções parecem subestimadas. No PLDO, o governo estima que o déficit nominal em 2016 será de 2,93% do PIB. Nas contas da Tendências, cujos parâmetros macroeconômicos são próximos aos do governo, o déficit nominal em 2016 é quase um ponto maior (de 3,8% do PIB). Assim, enquanto o governo estima que as dívidas líquida e bruta serão de, respectivamente, 34,9% e 61,9% do PIB no próximo ano, a Tendências projeta valores maiores, de 36,8% e 63,8% em 2016. Mesmo considerando os números do governo, diz Klein, a dívida bruta seria de 63,4% em 2016, acima, portanto, dos 62,5% do PIB previstos para 2015. "Eles poderiam detalhar melhor os dados para elevar transparência e credibilidade." Amaury Bier, presidente da Gávea Investimentos, concorda. "Não é possível reverter a situação fiscal no triênio subsequente [2016-2018] com superávit primário da ordem de 2%", afirmou em palestra sobre os desafios para a economia brasileira. Bier, que foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda entre 1999 e 2002, diz que o primário deveria subir para algo entre 2,5% e 3% do PIB nos próximos anos para estabilizar a dívida. Segundo Bier, o cálculo apresentado pelo governo para estimar um superávit de 2% ao ano parece ter considerado uma taxa de juros real entre 3% e 4% ao ano, pouco provável diante de uma curva de juros futura que indica taxa real de 6,5% nos próximos anos. Embora insuficiente para melhorar a dinâmica da dívida, a previsão de superávit de 2% do PIB para 2016 e 2017 estendida para 2018 não surpreendeu. No sistema de expectativas do BC, os economistas fixam o número para 2017 e 2018 há bastante tempo. Para 2016, o primário esperado pelo mercado em 2016 é de 1,7% do PIB. O Fundo Monetário Internacional (FMI) esperava metas mais ambiciosas - 2% do PIB em 2016, 2,25% em 2017 e 2,5% em 2018. "Não adianta colocar metas muito altas, que serão difíceis de serem atingidas", diz Armando Castelar, pesquisador do Ibre-FGV. Para ele, as metas de primário para o período entre 2016 e 2018 são mais realistas e consideram as dificuldades atuais para aumentar o esforço fiscal. "É melhor surpreender positivamente com resultados maiores do que frustrar expectativas". Ele também vê problemas em estabilizar a dívida com superávit de 2% do PIB, mas diz que "é um processo que deve acontecer ao longo do tempo". Já para o economista-chefe da Mapfre Investimentos, Luis Afonso Lima, entregar o primário de 2% nos próximos anos será mais factível do que chegar a 1,2% em 2015. "Em um prazo maior, é possível contar com crescimento um pouco melhor, além de mais tempo."

Fonte: Valor Online - Sexta feira, 17 de abril de 2015.


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