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Juros futuros avançam com tom mais firme do BC

As taxas dos contratos futuros de juros subiram ontem na BM&F ainda sob o efeito do tom mais firme do Banco Central na condução da política monetária, que deu espaço para apostas de uma alta da Selic para ao menos 14% no fim deste ano. Os contratos futuros com prazos mais longos também reagiram à alta do dólar e das taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) em meio a incertezas em relação à renegociação da dívida da Grécia. A perspectiva de que a autoridade monetária deve seguir com o objetivo de promover a convergência das expectativas de inflação para a meta em 2016 reduz a possibilidade de corte de juros ainda no fim deste ano, com os investidores discutindo agora se haverá espaço para o BC cortar a taxa Selic no início do ano que vem. Isso se reflete no contrato de Depósito interfinanceiro (DI) para 2017, que tem avançado desde a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e subiu ontem para 13,55%, ante 13,52% do ajuste do pregão anterior. Já o DI para janeiro de 2016 subiu de 13,77% para 13,79%. O BC tem sinalizado que só começará a cogitar a hipótese de cortar os juros quando as expectativas de inflação mostrarem uma convergência para meta e esse movimento estiver consolidado. Ontem o Boletim Focus mostrou que o tom mais duro do discurso do BC já começou a surtir efeito nas expectativas de inflação. A mediana das projeções para o IPCA no ano que vem recuou de 5,60% para 5,51% e, entre as instituições Top 5, caiu de 6,40% para 6%. Em contrapartida, a projeção para o PIB neste ano recuou de -1,18% para -1,20% e permaneceu em 1% para 2016. "A queda da expectativa de inflação para 2016 reflete uma combinação de coisas. Primeiro, a reação da curva de juros, que se ajustou para a continuidade do ciclo de aperto monetário após o BC destacar na ata que o esforço ainda não foi suficiente. E em segundo, essa queda tem a ver com a expectativa para a atividade que está muito fraca", afirma José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator. Para o economista-chefe da Garde Asset Management, Daniel Weeks, esse alívio faz sentido diante da expectativa de que a Selic pode subir mais, possivelmente para 14% no fim do ano. "Mantido esse tom mais duro do BC, o mercado deve fazer uma correção em suas projeções. Mas não sei se é possível cair muito mais." A mensagem do BC de que vai continuar subindo o juro até que as expectativas reajam provocou um ajuste nas taxas das Notas do Tesouro Nacional - série B (NTN-B) de longo prazo. Os juros das NTNs-B para 2050 e 2055, referência da percepção de risco do investidor, cederam para, respectivamente, 5,99% e 6,02%, depois de um período longo sendo negociadas entre 6,10% e 6,15%. Para Gonçalves, do Fator, se o BC conseguir convencer o mercado do seu objetivo de trazer a inflação para a meta em 2016 e a questão fiscal continuar nessa trajetória favorável, a percepção de risco pode diminuir e ajudar na convergência da inflação para meta. Nesse cenário, mesmo que o câmbio volte a andar à medida que se aproxima a normalização da taxa de juros nos Estados Unidos, Gonçalves não vê uma pressão maior sobre a inflação, uma vez que a atividade econômica está muito fraca, prevendo uma retração do PIB de 1,5% para este ano. No Boletim Focus, a projeção para a Selic, que está em 13,25%, permaneceu em 13,5% para o fim de 2015. Já na curva de juros, as apostas para a reunião de junho estão divididas entre aumento de 0,25 ponto e 0,5 ponto percentual, com a probabilidade de uma alta adicional de 0,25 ponto em julho.

Fonte:  Valor Online - Terça feira, 12 de maio de 2015.


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