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Apesar do lucro, situação financeira ainda é crítica

Depois de registrar prejuízo recorde de R$ 21,6 bilhões em 2014, o primeiro dessa magnitude em toda a sua história - em 1991 teve prejuízo de R$ 1,16 bilhão - a Petrobras anunciou um lucro de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre. Foi um bom resultado, com melhora operacional trazida por fatores como a redução de custos, inclusive pelo menor dispêndio com o pagamento de royalties e da Participação Especial (PE) e menor despesa com poços secos, que foi de R$ 576 milhões, ante os R$ 1,057 bilhão no primeiro trimestre de 2014. Contudo, ainda deve ser visto com cautela. A companhia precisa aumentar a geração de caixa, o que seria possível se aumentasse os preços dos combustíveis. Essa é uma medida que impacta a inflação, obviamente não é bem vista pelos consumidores e cria brechas para empresas privadas tirarem mercado da Petrobras importando derivados, mas pode ser necessária. Também é preciso reduzir a dívida começando a "desapegar" dos ativos e começar uma venda mais agressiva do que no passado. Um analista que falou com o compromisso de não ter seu nome divulgado observou que o resultado foi ajudado pela reversão da provisão de perdas com recebíveis do setor elétrico, causada pelo calote do grupo Eletrobrás, que pesam na área de gás e energia. Contudo, acha que ainda não é suficiente. "Nesse nível de preços a Petrobras não faz dinheiro, e a dívida está gigantesca", diz. A dívida líquida da Petrobras aumentou 18% no trimestre, de R$ 282 bilhões para 332,46 bilhões. Em relatório para clientes do Bradesco, Auro Rozenbaum, afirma que os números gerais do balanço "confirmam que a empresa não está ganhando dinheiro com os atuais preços do brent" - a média entre os preços de exportação e de transferência caiu de US$ 98,02 por barril para US$ 43,40. E ainda, que o diferencial de preços dos combustíveis (que estava mais caro no Brasil por influência do câmbio), já caiu. Rozembaum afirma que apesar da melhora operacional registrada, o endividamento da companhia continua muito elevado, tendo subido de 4,77 vezes no último trimestre de 2014 para de 5 vezes nos três primeiros meses de 2015 quando medida pela relação entre a dívida líquida e o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Segundo o analista a piora desse indicador reflete o aumento significativo da dívida líquida no trimestre (18%) causado pelo câmbio. Não custa lembrar que a companhia se comprometeu a manter esse indicador em 2,5 vezes, nível recomendável para manter o grau de investimento. "O desempenho da produção da Petrobras também foi fraco e a perspectiva de aumento para 2015 é pobre", afirma. O analista do Bradesco destacou como boa notícia a redução do investimento em 13% na comparação com o mesmo período de 2014, com destaque para a redução de 65% na área de Abastecimento e de 43% na área de Gás e Energia. Contudo, as preocupações com a saúde financeira da Petrobras persistem. "Apesar de estarmos à espera do novo plano de negócios que será publicado nas próximas semanas, não esperamos um grande corte no investimento para 2015, o que vai colocar uma pressão significativa sobre uma situação financeira já crítica", alerta o Bradesco, que se diz preocupado com o risco de um possível rebaixamento do rating. "Além disso, o mercado ainda está incerto sobre a direção dos preços futuros do brent, e nos níveis atuais, a empresa precisa adotar uma série de medidas adicionais e urgentes", opina Rozembaum.

Fonte:  Valor Online - Segunda feira, 18 de maio de 2015.


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