O dólar passou praticamente toda a tarde desta quinta-feira, 21, em alta ao redor de 1,0%, refletindo a cautela dos agentes diante das incertezas em torno do cenário político e da fragilidade da economia doméstica. Esse comportamento da divisa também teve influência de um ajuste de posições após a queda forte de ontem, em reação à ata do Federal Reserve. A moeda chegou ao fim da sessão em alta de 1,20%, negociada a R$ 3,0410. No mercado futuro, o dólar para junho - que encerra apenas às 18 horas - subia 1,13%, cotado a R$ 3,0475, às 16h45.
Após abrir com valorização de 0,10% ante o real, a R$ 3,0080, o dólar à vista continuou sua trajetória ascendente e renovou máximas perto das 13 horas, quando alcançou os R$ 3,0460 (+1,36%), depois de indicadores fracos divulgados no Brasil e nos Estados Unidos. O destaque doméstico foi o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), que teve queda de 1,07% em março ante fevereiro e registrou baixa de 0,81% no primeiro trimestre do ano ante os três meses anteriores, ambos na série com ajuste sazonal. Mas, desde a abertura, o adiamento da votação de medidas de ajuste fiscal no Congresso ontem já pressionava o câmbio.
No mês de maio, o dólar à vista no balcão acumula valorização de 1,03%, enquanto em 2015 sobe 14,54%. O volume no mercado à vista era de aproximadamente US$ 1,754 bilhão, sendo US$ 1,665 bilhão em D+2.
Fonte: Isto É Dinheiro - Sexta feira, 22 de maio de 2015.