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Dados do BC revelam que taxa média do cartão de crédito é de 347,5%

A economia pode estar a beira da recessao, mas o brasileiro continua pagando juros como nunca, principalmente, os do cartao de credito e os do cheque especial, que estao na estratosfera. Dados divulgados ontem pelo Banco Central revelam que a taxa media cobrada pelo mercado financeiro para a pessoa fisica no rotativo, em abril, atingiu o maior nivel da serie historica revisada que comeca em marco de 2011: 347,5% ao ano, 1,7 ponto percentual acima dos 345,8% do mes anterior. Em 12 meses, a alta acumulada e de 42,5 pontos percentuais. Os juros anuais do cheque especial tambem estao nas alturas. Passaram de 224%, em marco, para 226,0%, em abril. Esse e o patamar mais alto desde dezembro de 1995. Nao a toa, em dezembro passado, o jornal norte-americano The New York Times publicou reportagem na qual dizia que os juros do Brasil faziam qualquer agiota americano sentir vergonha.

Apesar do alerta dos especialistas para que as pessoas evitem as duas modalidades de credito, elas continuam sendo muito utilizadas. No caso do cheque especial, o volume de recursos tomado pelos correntistas cresceu 0,8% em abril, na comparacao com o mes anterior, para R$ 27,4 bilhoes. Ja o saldo do rotativo saltou 2,5% no mesmo periodo, para R$ 37,3 bilhoes.

A auxiliar de limpeza Eliane Fernandes, 28 anos, ficou com o nome sujo ao perder o controle dos gastos com o cartao de credito. Fui comprando coisas superfluas e, quando percebi, nao conseguia mais pagar, disse. Com a cobranca dos juros, a divida, contraida ha quase um ano, passou de R$ 300 para cerca de R$ 1.200. Para quem recebe salario minimo, como ela, e impossivel quitar o debito do rotativo de uma so vez. Eliane pretende buscar uma forma de negociar o valor.

Foi o que fez o protetico dentario Paulo Cesar de Paula, 57, que tambem teve problemas com o cartao. Ha mais de cinco anos acumulando juros, o que comecou com um gasto por volta dos R$ 800 virou uma divida de seis digitos. Fui deixando de pagar e, agora, estou negociando com o banco, porque e impossivel arcar com o valor cobrado, contou. Com os juros cada vez mais altos e o desemprego em elevacao, a inadimplencia no mercado financeiro voltou a crescer depois de tres meses de estabilidade. A taxa passou de 2,8%, em marco, para 3%, em abril, na media de todas as linhas de credito. Ja no cheque especial, o calote e maior, de 7,6%, para os atrasos de 15 a 90 dias de pessoas fisicas, e de 14,8%, no caso de pessoas juridicas.

Com os emprestimos mais caros e a inadimplencia em alta, os bancos ficaram mais seletivos na concessao de recursos. Com isso, o saldo total de credito do sistema financeiro, incluindo as operacoes com recursos livres e direcionados (financiamento imobiliario e de bancos publicos), cresceu apenas 0,1% na comparacao mensal, embora ainda registre elevacao de 10,5% em 12 meses, totalizando R$ 3,061 trilhoes. Apesar desse avanco discreto, as concessoes de credito em abril encolheram 6,6% em relacao ao mes anterior, sendo que o volume emprestado para as empresas caiu mais (8,3%) do que para as pessoas fisicas (5,5%). Em linhas gerais, o crescimento do credito arrefeceu, resumiu o chefe do Departamento Economico do Banco Central, Tulio Maciel.

Fonte:  Correio Braziliense Online - Quinta feira, 28 de maio de 2015.


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