Caso expectativas de mercado sejam confirmadas, será a sexta alta seguida da Selic
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) define nesta quarta-feira (3) o rumo da taxa básica de juros, a Selic. De acordo com analistas de mercado, o fim da reunião deve resultar na sexta alta seguida da taxa, de 13,25% para 13,75% ao ano, mesmo valor de dezembro de 2008.
Ao final de 2008, no entanto, a Selic teve a trajetória de alta interrompida por cinco quedas consecutivas nos primeiros meses de 2009. O mesmo não é esperado para as próximas reuniões.
Segundo as expectativas divulgadas no Boletim Focus, que reúne as tendências futuras para a economia nacional, a taxa básica de juros tende a chegar ao fim deste ano a 14%.
Caso confirmada a elevação, será a quinta fez seguida que o BC opta pela alta de 0,5 ponto percentual da taxa. Na última reunião do grupo, realizada nos últimos dias do mês de abril, a decisão foi unânime. Com a alta, a Selic alcançou o patamar de 13,25.
Quando o Copom aumenta a Selic, um dos seus objetivos é conter a inflação, já que os juros mais altos encarecem o crédito, diminuem a disposição para gastar do consumidor e estimulam a poupança.
Taxa básica
A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
A trajetória de alta dos juros básicos da economia, iniciada em setembro do ano passado, já começou a se refletir no valor dos financiamentos imobiliários. A Caixa, por exemplo, já decidiu aumentar os juros para financiar a casa própria por duas vezes somente nos primeiros meses do ano. A medida foi seguida por outros bancos públicos e privados do País.
A taxa também serve como um dos instrumentos para manter a inflação calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estática) dentro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores é sempre superior à Selic.
A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano.
Fonte: Portal R7 - Quarta feira, 03 de junho de 2015.