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Aproximação entre Brasil e EUA avança mais que o esperado

Em clima de camaradagem, os presidentes Dilma e Obama fizeram anúncios conjuntos ontem, em Washington

A presidente Dilma Rousseff e o presidente Barack Obama definiram ontem uma reaproximação importante na relação entre os dois países, encerrando o encontro em Washington com anúncios de maior impacto do que se vislumbrava há poucos dias. O Brasil assumiu compromissos mais ambiciosos do que o esperado na área do clima, e os dois governos vão trabalhar para que os brasileiros possam participar até a primeira metade de 2016 do Global Entry, o programa que facilita o acesso de viajantes pré-cadastrados aos EUA. Também anunciaram avanços nas áreas de defesa, comércio e educação profissionalizante.

Num momento em que a economia brasileira vai mal e a sua popularidade está no chão, Dilma conseguiu construir uma agenda positiva ao estreitar as relações com os EUA, cuja economia cresce com força. A presidente obteve ainda vários gestos de boa vontade por parte de Obama, que classificou o Brasil como um "parceiro indispensável".

O governo americano enfim anunciou a abertura de seu mercado para a carne bovina in natura brasileira. Para que a decisão fosse divulgada na segunda-feira, a Casa Branca entrou no circuito, segundo uma fonte que acompanhou de perto as negociações. O Escritório de Orçamento e Administração (OMB, na sigla em inglês), que precisa ser consultado, porque a medida tem impacto sobre receitas, estava demorando mais do que se esperava para concordar com a liberação.

Com uma situação política e econômica delicada no front interno, Dilma tem optado por uma estratégia mais pragmática na política externa. Em maio, a presidente visitou o México, onde assinou um acordo para facilitar investimentos e lançou as negociações para ampliar um acordo de preferências tarifárias, incluindo áreas como serviços, compras governamentais e propriedade intelectual.

Nos três momentos em que estiveram juntos nos dois últimos dias, Dilma e Obama mostraram-se bastante à vontade. Brincaram ontem na entrevista coletiva no salão leste da Casa Branca sobre o moletom verde e amarelo que a brasileira deu ao americano: "Eu não posso usá-lo em público, porque tenho que torcer para os EUA. Mas em casa, à noite, é muito confortável. Então, quem sabe, eu posso vesti-lo." A presidente aproveitou para reiterar o convite para Obama ir ao Brasil na Olimpíada de 2016, que será realizada no Rio de Janeiro, e disse: "No Brasil, ele pode usar o seu casaco escrito Brasil nas costas, e na frente Obama, e será inclusive muito aplaudido neste momento".

A perspectiva de adesão ao Global Entry deve beneficiar especialmente empresários brasileiros, que viajam com frequência aos EUA. Hoje, há apenas seis países no programa - Alemanha, México, Canadá, Coreia do Sul, Holanda e Panamá.

A presidente disse que Brasil e EUA estabeleceram uma "relação robusta em áreas como comércio, investimentos, mudança do clima, energia, educação, defesa, ciência, tecnologia e inovação." Houve avanços na facilitação do comércio, com anúncios para acelerar a janela única de comércio exterior, de modo que os sistemas dos dois países possam "conversar". Além disso, definiram como prioridade a harmonização de padrões.

Segundo Dilma, os encontros com Obama foram "muito produtivos" e celebraram uma "trajetória ascendente nas nossas relações". Em 2013, as relações entre Brasil e EUA ficaram estremecidas por causa das revelações de que Dilma havia sido espionada pelo governo americano.

A brasileira cancelou a visita de Estado que faria a Washington em outubro daquele ano. Questionada sobre o assunto na entrevista coletiva ontem, Dilma afirmou que "de lá para cá, algumas coisas mudaram". "Eu acredito no presidente Obama e ele também me disse que, quando quiser, se fosse o caso de ele precisar de alguma informação não pública sobre o Brasil, ele me telefonaria", afirmou.

O americano, por sua vez, disse que tem uma relação excelente com Dilma desde que ela assumiu o governo. "Eu confio nela completamente, ela sempre foi muito franca comigo sobre os interesses dos brasileiros e cumpriu o que prometeu."

Obama lembrou que, na Cidade do Panamá, no encontro durante a Cúpula das Américas, em abril, os dois conversaram sobre acordos de defesa que haviam sido fechados pelos dois países em 2010. O americano notou que Dilma os enviou ao Congresso brasileiro, que os aprovou na semana passada, um passo importante para Brasil e EUA avançarem em troca de informações na área de defesa.

"Eu, como alguém que sabe alguma coisa sobre Congressos, sei que essas coisas nunca são fáceis", disse Obama, destacando o fato de a brasileira usar o seu capital político para fazer os projetos caminharem. "Isso é um sinal de que ela é uma parceira confiável."

Ontem, Dilma foi à noite para San Francisco, onde ocorrerá a última etapa de sua viagem aos EUA. Hoje, terá encontros nas universidades da Califórnia e de Stanford, vai visitar a sede do Google e depois irá ao centro de pesquisas da Nasa, onde se reunirá com executivos do setor aeroespacial.

Fonte:  Valor Online - Quarta feira, 01 de julho de 2015.


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