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Dólar caro e economia fraca reduzem déficit em conta corrente no semestre

Economia fraca e dólar caro mostram maior impacto nas contas externas. A melhora da balança comercial e uma queda nos gastos com serviços, em especial com viagens internacionais, levaram a redução de 23,4% no déficit em conta corrente do primeiro semestre em comparação com igual período do ano passado.

De acordo com o Banco Central (BC), a diferença entre o que país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, serviços, rendas e transferências unilaterais foi de US$ 38,282 bilhões nos seis primeiros meses de 2015. No primeiro semestre de 2014, essa conta chegou a US$ 49,972 bilhões. A redução está em linha com a projeção de déficit do BC para o ano, US$ 81 bilhões, após US$ 104,74 bilhões em 2014.

"Essa redução decorre de uma atividade mais fraca que vemos na economia e é observada em diversos componentes", disse o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha.

No mês de junho, o déficit foi de US$ 2,547 bilhões, abaixo dos US$ 3,5 bilhões projetados pelo BC. A surpresa positiva decorreu da balança comercial, que foi superavitária em US$ 4,4 bilhões. Considerando a metodologia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foi o melhor resultado da balança desde junho de 2009.

Na conta de serviços, o déficit no semestre foi de US$ 20,5 bilhões contra US$ 22,725 bilhões observados um ano antes. Entre os componentes, o déficit na conta de viagens caiu 21%, de US$ 8,859 bilhões para US$ 6,996 bilhões nos seis primeiros meses de 2015. O dólar mais caro e a redução na renda da população impõem um freio nos gastos dos brasileiros no exterior -houve recuo de 20% no semestre, de US$ 12,443 bilhões para US$ 9,940. Para o ano, o BC estima um déficit de viagens de US$ 14,5 bilhões, contra US$ 18,7 bilhões registrado em 2014.

Medido em 12 meses, o déficit em conta corrente apresentou a terceira queda consecutiva, saindo de 4,41% do Produto Interno Bruto (PIB) para 4,36% no mês passado. Esse patamar ainda é elevado e no passado esteve associado a crises no balanço de pagamentos. Em 2014, o percentual foi de 4,47% e o BC prevê redução para 4,17%.

Se confirmadas as projeções do BC para o mês de julho, o déficit em 12 meses mostrará nova redução. A autoridade monetária estima déficit em conta corrente de US$ 7 bilhões, menor que os US$ 9,282 bilhões observados em julho de 2014.

Do ponto de vista do financiamento do déficit, o Investimento Direto no País (IDP), nova denominação do IED, foi mais do que suficiente pelo segundo mês consecutivo. Os ingressos em junho foram de US$ 5,397 bilhões, também acima dos US$ 4 bilhões estimados. No ano, o IDP soma R$ 30,918 bilhões, 32,6% abaixo do registrado em igual período do ano passado. Em 12 meses, o IDP interrompeu uma sequência de cinco meses seguidos de queda, saindo de 3,83% do PIB para 3,84%, ou US$ 81,868 bilhões.

No semestre, também em 12 meses, o IDP continua caindo em ritmo mais acelerado que o déficit, quadro que, se perpetuado, pode dificultar o financiamento da conta externa, aumentando a dependência de capitais mais voláteis. Em junho, como o IDP surpreendeu para cima e o déficit para baixo, a necessidade de financiamento externo (que mede a diferença entra as duas variáveis) ficou em 0,52% do PIB contra 0,58% nos 12 meses até maio. O indicador, no entanto, segue acima do 0,34% do PIB atingido no fim de 2014.

Entre outras fontes de financiamento do déficit houve piora nos investimentos em carteira, que mostraram saída em junho. Os dados parciais sugerem nova perda de recursos em julho. No mês passado, foi registrada saída de US$ 107 milhões, puxada pela retirada de US$ 242 milhões do mercado de renda fixa (títulos negociados no país). O mercado de ações teve ingresso de US$ 1,026 bilhão. Em julho, até dia 20, os dados mostram saída de US$ 3,99 bilhões do mercado de renda fixa e desaceleração nos ingressos para a bolsa, para US$ 32 milhões.

Segundo Rocha, o cenário de ações está alinhado com o que o BC tinha projetado para o ano (ingresso de R$ 15 bilhões). "Do ponto de vista do não residente ele considera as condições da atividade no país, e pode ser bem diferente, observados setores e companhias, e uma taxa de câmbio mais desvalorizada torna os investimentos no país mais baratos."

No semestre, os investimentos em carteira totalizam US$ 27,270 bilhões, retração de 16,9% sobre os US$ 32,809 bilhões vistos um ano antes. Ações têm saldo de US$ 8,8 bilhões e renda fixa ingresso total de US$ 21 bilhões.

As remessas de lucros e dividendos, que também refletem a redução da atividade e o câmbio desvalorizado, estão 37%% menores no primeiro semestre, somando R$ 9,482 bilhões, em comparação com a primeira metade de 2014, quando foram de US$ 14,971 bilhões. No mês passado, somaram US$ 2,509 bilhões. A parcial do BC para julho mostra remessa de US$ 657 milhões até o dia 20.

Já o pagamento de juros tem ligeira alta em junho contra junho de 2014, somando R$ 1,264 bilhão ante US$ 1,112 bilhão. O mesmo se observa no semestre, com o pagamento de juros totalizando US$ 10,497 bilhões em comparação com US$ 9,735 bilhões um ano antes. Até o dia 20 de julho, o pagamento de juros estava em US$ 1,416 bilhão.

Fonte:  Valor Online - Quinta feira, 23 de julho de 2015.


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