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Taxa de inflação ainda resiste à queda da demanda e aumento do desemprego

A inflação ainda resiste à queda da atividade. Diante do forte aumento do desemprego, da queda das vendas do varejo e da receita de serviços, os sinais de contenção de reajustes no IPCA-15 são tímidos, com poucas exceções.

No acumulado do ano, o grupo serviços de saúde acumula alta de 6,32%, a maior para o período desde 2012, início da atual série do IPCA. Nesse grupo, o subitem psicólogo é que o mais subiu no ano (10,9%), enquanto o menor reajuste é do subitem dentista, com 5,49%. Em ambos as altas superaram as de 2014.

Em serviços pessoais, a alta é de 5,43%, a menor desde 2012, mas não muito distante dos 5,83% do ano passado. Nesse grupo, quem impediu alta ainda maior foi o reajuste dos empregados domésticos, com 5,09%, o menor desde 2012, pois os preços pagos a costureira e cabeleireiro subiram mais que em 2014. Em conserto de automóvel, o aumento foi muito superior ao dos últimos três anos: 8,28%, ante 5,05% (2014), 4,49% (2013) e 4,65% (2012).

Um dos serviços mais comportados é o de alimentação fora do domicílio. O aumento acumulado nesse grupo é de 6,93% no ano, superior ao dos três anos anteriores. Ele é menor, contudo, que a alta da alimentação no domicílio, que reflete o preço pago pelos alimentos, cuja alta chega a 8,11% até julho, percentual superior ao dos três anos anteriores.

Além dos serviços, alguns bens também resistem à queda do consumo. O preço do carro novo acumula alta de 5,81%. Em parte, o aumento é reflexo da recomposição do IPI, mas ele também sinaliza que a forte queda na venda de veículos não influenciou os preços. O mesmo ocorre com pneus e autopeças. Vestuário e eletrodomésticos sobem menos.

Os dados de receita de vendas no varejo e de faturamento do setor de serviços mostram que esses segmentos estão perdendo para a inflação. Na média do ano, até maio (último dado disponível), a alta ficou abaixo da inflação. Não existe comparação direta, mas no caso dos supermercados, o faturamento subiu 6,5% nos últimos 12 meses até maio, sem descontar a inflação, período em que os preços de alimentação no domicílio (comprada em supermercados, basicamente) subiu 9,6%.

No caso de serviços prestados às famílias, a receita aumentou 5,9% nos 12 meses encerrados em maio (frente aos 12 meses anteriores). A inflação de serviços pessoais, até maio, acumulava alta de 9,6%. Ou seja, nos dois casos, os aumentos de preços nos últimos 12 meses não permitiram aos respectivos setores alcançar aumento semelhante no faturamento, o que sugere que houve menor prestação de serviços (menos corte de cabelos, menos idas ao dentista) e que as famílias levaram para casa quantidade menor de produtos ou trocaram marcas por outras mais baratas, reduzindo o ticket mensal médio nos supermercados.

Essa foi a reação do consumidor ao aumento de preços, enquanto o reajuste parece ter sido a estratégia dos empresários para manter margem diante da alta de custos provocada pelo choque dos preços administrados. Afinal, o preço da energia e da água subiu para todo mundo.

Essa parece ter sido a dinâmica até agora. A queda da demanda ainda não afetou os preços, apesar de retratada nos indicadores de atividade e desemprego. A dúvida - que vai guiar o BC nas próximas reuniões - é como se dará essa relação (de oferta e demanda) pelo resto do ano e especialmente em 2016. A expectativa é que o consumo fraco imponha expressiva moderação de reajustes.

Fonte:  Valor Online - Quinta feira, 23 de julho de 2015.


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