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Desemprego cresce 45% e salários caem

O desemprego disparou 44,9% em junho deste ano na comparação com igual período do ano passado, o maior crescimento desde março de 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A taxa de desocupação apurada pelo instituto passou de 4,8% em junho de 2014 para 6,9% este ano. Foi a maior taxa para um mês de junho desde 2010, quando atingiu 7%. 

Em maio de 2015, o indicador foi de 6,7% e a elevação em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 38,5%. O crescimento da desocupação quebrou o próprio recorde em junho, afirmou a pesquisadora da Coordenação do Emprego do IBGE, Adriana Beringuy. Ela justificou o salto, assinalando que os números de desocupação do ano passado foram muito baixos, inclusive com a menor taxa histórica, apurada em dezembro, de 4,3%. Se for comparar com o mês anterior, o crescimento é só de 3,3%, disse. 

A pesquisadora explicou que dois movimentos aceleraram o desemprego no primeiro semestre de 2015. O fechamento de quase 300 mil postos no ano representou uma queda de 1,3% da população ocupada, a maior taxa desde o início da série histórica. O aumento da procura por emprego também influenciou. São 522 mil pessoas a mais nesse grupo, alertou. Além de maior desocupação, desde janeiro há maior pressão no mercado de trabalho, esclareceu. 

Projeção 
Para o economista da Tendências Consultoria Rafael Bacciotti, o resultado ficou um pouco acima da projeção, de 6,8%. O aumento de 2,1 pontos percentuais na taxa de desemprego é reflexo do crescimento de 0,9% na População Economicamente Ativa (PEA) e retração de 1,3% na população ocupada. Além disso, a pesquisa mostrou a continuidade do ajuste sobre os salários, com queda de 2,9% do rendimento médio real na comparação com junho de 2014, pontuou o analista. 

Adriana, do IBGE, ressaltou que, em termos nominais, houve expansão da renda nominal. O rendimento caiu quatro meses seguidos desde fevereiro deste ano. Mas essa trajetória foi interrompida em junho. Isso pode estar relacionado aos dissídios e à reposição da inflação nos salários, avaliou a pesquisadora. 

O renda média real dos ocupados ficou em R$ 2.149,10 em junho, com alta de 0,8% sobre maio (R$ 2.132,58 ) e queda de 2,9% ante junho de 2014 (R$ 2.212,87). A massa salarial real permanece fraca, em R$ 49,5 bilhões, 4,1% abaixo do nível do mesmo mês no ano anterior. O encolhimento da massa salarial no ano reforça nosso cenário de contração no consumo das famílias em 2015, destacou Rodrigo Miyamoto, economista do Itaú Unibabnco. 

Para Bacciotti, da Tendências, o cenário apontado pela PME vai na direção do acompanhamento das negociações coletivas, evidenciando a perda do poder de barganha dos trabalhadores no atual cenário recessivo. As diferentes pesquisas de emprego (PME, Caged e PNAD Contínua) convergem para mostrar um quadro de rápido e intenso ajuste no mercado de trabalho, com elevação da taxa de desemprego e retração dos rendimentos em termos reais, afirmou. A expectativa da Tendências é de que o processo perdure ao longo do ano. A projeção para a taxa de desemprego é de 6,7% na média do ano. 

A maior desocupação foi registrada em Salvador, onde o indicador passou de 9% em junho de 2014 para 11,4% no mês passado. A menor, no Rio de Janeiro, pulou de 3,2% para 5,2% no mesmo período.

 Brasileiros pessimistas 
Uma pesquisa do instituto norte-americano Pew Research Center, em 40 nações, mostra que 87% dos brasileiros consideram a situação econômica no país ruim, o percentual, há um ano, era de 67%. O pessimismo só não é pior do que na Ucrânia (94%), no Líbano (89%) e na Itália (88%). No período, a fatia da população satisfeita encolheu drasticamente, de 32% para 13% no Brasil.  Os chineses são os que mostram maior contentamento com as condições econômicas atuais: 90% afirmaram que a economia vai bem. Apesar da insatisfação com o momento, 66% dos brasileiros esperam que a economia melhore nos próximos 12 meses; e 61% acreditam que a próxima geração superará financeiramente os pais, contra 35% que apostam em uma piora.

Fonte:  Correio Braziliense - Edição Digital - Sexta feira, 24 de julho de 2015.


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