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Bandeira amarela tiraria 0,3 ponto do IPCA

Caso o cenário menos desfavorável para a geração de energia se concretize ainda neste ano - algo visto ainda como pouco provável entre os analistas macroeconômicos -, a estimativa das instituições ouvidas pelo Valor é que a inflação no mês em que a bandeira amarela fosse acionada poderia ser reduzida em cerca de 0,3 ponto percentual.

A expectativa mais comum, no entanto, é que esse alívio chegue ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano que vem, o que reforça a análise de que o indicador terá desaceleração relevante entre 2015 e 2016. Outra hipótese levantada é que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diminua o valor de reajuste das bandeiras no início do próximo ano, o que também contribuiria com a dinâmica de preços.

Segundo Flávio Serrano, economista-sênior do Besi Brasil, a mudança da bandeira vermelha para a amarela em todos os subsistemas da Aneel provocaria uma deflação de 6,3% nas tarifas de eletricidade residencial, que têm peso de 3,9% no IPCA. Em seus cálculos, uma queda dessa ordem nos preços de energia retiraria 0,26 ponto percentual do indicador no mês da passagem de bandeiras.

Serrano pondera, contudo, que as perspectivas de continuidade de chuvas acima da média para os próximos meses são bastante incertas e, por isso, é mais provável que a bandeira amarela dê alguma folga à inflação entre o fim deste ano e o começo de 2016. Esse alívio já está incluído na projeção de alta de 5,4% para o IPCA do próximo ano.

Depois de passar a trabalhar com a mudança da bandeira vermelha para a amarela no ano que vem, a previsão da Mauá Capital para a inflação oficial do período foi cortada em cerca de 0,3 ponto, para 5,2%, afirma Luiz Fernando Figueiredo, sócio-diretor da gestora e ex-diretor do Banco Central. "A bandeira pode ser até verde, se a hidrologia continuar favorável e a recessão, forte", diz Figueiredo. Nesse caso, o reajuste a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos passaria de R$ 5,50 para zero.

Para Fabio Romão, da LCA Consultores, a entrada da bandeira amarela deve ocorrer em algum momento do segundo semestre do ano que vem e representará importante ajuda ao IPCA, já que deve reduzir as tarifas ao consumidor entre 9% e 10%. Segundo ele, esse impacto deflacionário é suficiente para mitigar os reajustes adicionais das concessionárias, e, assim, as contas de luz devem ter alta nula em 2016, após subirem mais de 50% em 2015. A menor pressão dessas tarifas, diz, é um dos fatores que devem levar a inflação a recuar para 5,2% no ano seguinte.

Elson Teles, do Itaú Unibanco, não inclui alteração da bandeira vermelha para a amarela em suas estimativas para a inflação do próximo ano, mas afirma que a melhora recente da hidrologia, se continuada nos próximos meses, pode tornar mais favorável a perspectiva para as tarifas no período. Por enquanto, o economista prevê avanço de 5% desses preços em 2016, com alta de 5,3% do IPCA.

"A probabilidade de termos algum alívio nas contas de luz em 2016 aumentou", afirma o economista, "mas para isso se confirmar precisamos chegar ao fim do ano com um nível mais confortável nos reservatórios".

Segundo Teles, outra possibilidade de redução da pressão das contas de luz sobre a inflação no ano que vem é a mudança de valor das bandeiras. Em fevereiro deste ano, um mês após o início do novo regime de cobrança, a bandeira vermelha foi reajustada de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 kWh consumidos, enquanto o acréscimo da amarela passou de R$ 1,50 para R$ 2,50. "Se as condições hidrológicas começarem o ano mais favoráveis, pode ser definido um valor menor."

Mesmo sem alteração nas bandeiras tarifárias, os economistas ouvidos destacam que as tarifas de eletricidade serão um vetor de desaceleração para o IPCA na passagem de julho para agosto. Isso porque a correção de 17% nas contas de luz da AES Eletropaulo, em vigor desde o dia 4 deste mês, deixará de ter impacto sobre o índice. Nas contas de Serrano, do Besi, a alta da energia elétrica vai diminuir de 4,5% para 0,9% na passagem mensal, movimento que, sozinho, deve retirar 0,14 ponto da inflação.

Além da parte de energia, Romão acrescenta que outros preços devem puxar a inflação para baixo no próximo mês, como a descompressão da parte de alimentação, as passagens aéreas, que estão apontando queda nas coletas, e a perda de fôlego de reajustes efetuados em itens de higiene pessoal. Devido a esses fatores, a LCA estima que o IPCA vai arrefecer de 0,62% em julho para 0,26% em agosto.

Fonte:  Valor Online - Sexta feira, 31 de julho de 2015.


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