O BC (Banco Central) divulgou, nesta quinta-feira (6), a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) da última reunião, realizada nos dias 28 e 29 do mês passado, quando a taxa básica de juros, Selic, subiu para 14,25% ao ano. O relatório aponta mais um aumento na expectativa de alta dos preços da gasolina, do botijão de gás e da energia elétrica neste ano.
De acordo com o documento, a conta de luz vai ficar 50,9% mais cara. Enquanto a gasolina ainda vai subir mais 9,2%, e o preço do gás de bujão vai ficar 4,6% mais alto. A única queda prevista é a da tarifa de telefone fixo, que deve cair 3% — essa queda é menor do que a prevista na ata anterior que era de -4,4%.
Ao todo, o comitê espera que os preços administrados por contrato e monitorados pelo governo fiquem 14,8% mais caros neste ano, contra expectativa de alta de 12,7%. Para o próximo ano, o conjunto dos preços administrados deve subir 5,7%, essa previsão na reunião anterior era de 5,3%.
Mais uma vez, o Copom afirma que as informações disponíveis sugerem “certa persistência da inflação”, o que se reflete, em parte, na dinâmica dos preços no segmento de serviços e, “no curto prazo, o processo de realinhamento dos preços administrados e choques temporários de oferta no segmento de alimentação e bebidas”. anúncio
As projeções coletadas pelo Gerin (Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais) para a variação da inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), neste ano passou de 8,39% para 9,23%. Já as previsões para 2016 recuaram de 5,50% para 5,40%.
O Copom afirma ainda que “cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos”.
Ao final do documento, o comitê diz que “o cenário de convergência da inflação para 4,5% no final de 2016 tem se fortalecido”. O texto foi modificado nesta ata, já que anteriormente não havia a previsão de apenas no fim do próximo ano.
— Para o Comitê, os avanços alcançados no combate à inflação — a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo — mostram que a estratégia de política monetária está na direção correta.
Fonte: R7 - Quinta feira, 06 de agosto de 2015.