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Em tempos de inflação e juros altos, renda fixa é porto seguro

SÃO PAULO - Em um cenário econômico mais adverso, como o atual, o investidor tem de redobrar a atenção na hora de investir. Para conseguir preservar o seu patrimônio, é preciso pensar em alternativas de boa rentabilidade e, ao mesmo tempo, de baixo risco, já que a inflação acumulada em 12 meses já passa dos 9%, e a taxa básica de juros (Selic) está em 14,25% ao ano. Nesse ambiente, os instrumentos de renda fixa acabam se tornando um porto seguro. Mas nem tudo é tão simples. Ainda é preciso ter em mente o prazo do investimento para definir o que é melhor: papéis públicos ou privados? Atrelados à Selic, à inflação ou, quem sabe, prefixados?

Em um ponto os especialistas em finanças pessoais são unânimes. Se o dinheiro a ser aplicado tiver de ser resgatado a curto prazo, em até um ano, a melhor opção é um título pós-fixado, que vai acompanhar o comportamento da Taxa Selic, atualmente em seu maior patamar desde julho de 2006. Para eles, o ambiente ainda está muito volátil, e uma nova alta de juros pelo Banco Central (BC) não é descartada, ainda mais com a pressão inflacionária causada pela recente disparada do dólar - isso porque juros maiores seguram o consumo e, assim, os preços tendem a subir menos.

- Diante desse cenário ainda incerto, a recomendação, a curto prazo, é arriscar o menos possível e ficar em papéis pós-fixados. A inflação se mantém em trajetória de alta, e não sabemos se a Selic ainda sobe ou não. O investidor pode até ganhar menos que em outras opções, mas também não vai perder, e para o curto prazo é melhor não correr esse risco - recomenda José Eduardo de Toledo Abreu Filho, economista-chefe da Plena Consultoria de Investimentos.

OPORTUNIDADE PARA MIGRAR

Nessa categoria, os investidores podem aplicar nos títulos Selic do Tesouro Direto ou em papéis privados que acompanhem o CDI, que é uma taxa negociada entre os bancos e que acompanha de perto a taxa básica de juros. Os fundos DI também são uma opção, mas as instituições financeiras cobram taxa de administração. Para compensar, esse custo não pode ser superior a 1,5% ao ano. E é válido lembrar que o ideal é que um papel privado pague mais que um público - um indicativo é uma taxa mínima de 118% do CDI naqueles com vencimento acima de dois anos, quando a alíquota do Imposto de Renda (IR) é menor, ou de 129% do CDI se o vencimento for em até seis meses. As letras de crédito imobiliário e agrícola, as LCIs e LCAs, podem pagar um pouco menos, já que são isentas do IR.

Para quem pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo, os analistas recomendam uma diversificação maior entre as opções de renda fixa disponíveis. Para Sandra Blanco, consultora da Órama Investimentos, esse é o momento para começar a migrar parte dos investimentos que estão em papéis pós-fixados para os prefixados. Ela acredita que, com o ciclo de alta de juros se aproximando do fim, é a hora ideal para comprar títulos de longo prazo a taxas ainda elevadas, em torno de 14% ao ano.

- Na hora que o mercado tiver a certeza de que os juros não sobem mais, essas taxas vão cair, então este é o momento de fazer a transição de parte das suas aplicações. Quem se antecipar vai conseguir boa rentabilidade - diz Sandra.

Os títulos atrelados à inflação também podem ser uma opção. Isso porque, além da proteção contra a corrosão pela alta dos preços, esses papéis pagam um juro prefixado, que está em torno de 7% ao ano. Na avaliação de Amerson Magalhães, diretor da Easynvest, esse tipo de papel deve ser considerado em uma estratégia de diversificação:

- É um título que vai pagar um juro real (já descontada a inflação) de ao menos 6,5%. É uma taxa muito boa. Para quem faz um investimento mais longo, essa é uma boa alternativa.

A inflação medida pelo IPCA no acumulado dos 12 meses encerrados em julho está em 9,56%, a maior taxa desde novembro de 2003.

No entanto, Magalhães explica que, no caso dos títulos prefixados e dos corrigidos pela inflação, o ideal é só resgatá-los no vencimento. Isso porque, no mercado secundário, em que investidores compram e vendem ativos financeiros emitidos por instituições diversas, será levado em conta o cenário do momento da negociação. Se os juros estiverem mais altos, quem for comprar esse papel vai querer pagar menos. É a chamada marcação a mercado.

- Se o juro for mais alto no momento do resgate, o investidor vai receber um valor menor. Ou seja, se um título de R$ 10 mil tem retorno de 10% ao ano e, na hora da venda, o juro de mercado está a 20%, quem for pagar vai querer desembolsar menos que os R$ 10 mil originais. É uma forma de compensar a diferença de taxas - explica Magalhães.

PELO MENOS DOIS ANOS

Já Fabio Colombo, administrador de investimentos, ressalta a importância de ter em mente o prazo do investimento. Ele recomenda não resgatar os recursos antes de dois anos. Isso porque, acima de 720 dias, a alíquota do IR é de 15%, a mais baixa na renda fixa. Para ele, o ideal, em momentos de transição como o atual, é que o investidor deixe 80% de suas aplicações em papéis pós-fixados, e o restante, em instrumentos corrigidos pela inflação. No caso dos prefixados, ele considera o risco maior, dado o atual ambiente político e econômico.

Fonte:  O Globo - Segunda feira, 10 de agosto de 2015.


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