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Greve na Ufba prejudica alunos estrangeiros em intercâmbio

Alemãs Joana Stalder e Anna Vater chegam para estudar e encontram greve

Estudantes estrangeiros que optaram por programas de intercâmbio na Universidade Federal da Bahia (Ufba) estão com dificuldades para regularizar a documentação no Brasil por conta da greve na instituição, que nesta quarta-feira, 12, completa 75 dias de paralisação dos servidores.

Além de atrasar o calendário acadêmico nos países de origem, a greve dos professores e servidores da Ufba compromete a permanência dos estrangeiros no Brasil, uma vez que os estudantes precisam estar matriculados para renovar os vistos e  receber os valores das bolsas de estudos.

Até desembarcar em Salvador, último domingo, a estudante alemã Anna Vater, 21 anos, aluna da Universität Passau, já sabia da greve na Ufba desde o estado da Baviera. Tarde demais para mudar de planos, pois o programa de intercâmbio já estava "amarrado" entre as universidades.

Dois dias antes, a compatriota Joana Stalder, 22, tinha chegado da capital pernambucana, onde estava desde abril, quando chegou ao Brasil para passar por um programa de estágio no consulado alemão de Recife.

Elas vieram estudar um semestre nas faculdades de administração e ciências sociais, cujas disciplinas se assemelham à graduação alemã do curso International Culture and Business Studies ["Estudos  internacionais de cultura e  negócios", em tradução livre].

Espera

As alemãs esperam o fim da greve para se matricular, enviar a carta de aceitação da Ufba para Passau e, por fim, receber as bolsas estudantis. Joana diz que o valor para ela é de 300 euros. Para Anna, seriam 200 euros a mais do que os 600 que garantiu ainda na Alemanha.

"A Ufba nos informou que só pode emitir a carta quando confirmar o início do semestre. Só falta isso para renovar o visto", afirma Joana, que ainda possui uma reserva financeira do trabalho nas férias estudantis, lá.

Mudar de universidade no Brasil não seria simples, explicou Joana, pois os postulantes à vaga na Ufba passaram por criteriosa avaliação curricular na Universität Passau, que possui convênio com instituições em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Juiz de Fora (MG).

"Sem falar que, entre todas, optamos por Salvador porque tem mais a ver com a área de estudo na qual queremos nos especializar, que é a América Latina", disse Joana, ao responder sobre os motivos pelos quais escolheu a capital baiana em lugar das outras cidades.

Baianos

A greve tem afetado não só estrangeiros, mas estudantes baianos que deveriam ter concluído semestres em junho passado. Além disso, os próprios alunos também deflagraram greve no início daquele mês, devido a problemas na infraestrutura da universidade federal.

Por conta da greve, o grupo formado pelos estudantes de psicologia Erich Rapold, Luiza Tavares e Lucas Altmicks, todos de 19 anos, teve que rever a logística das reuniões de uma empresa júnior por falta de funcionários no local onde planejam os trabalhos.

"As reuniões ocorriam na Escola Politécnica (Federação) e foram para a Faculdade de Administração (Vale do Canela) por não haver funcionário", contou Erich.

"O grupo é formado por 20 pessoas e, por conta da distância entre um campus e outro, temos dificuldades logísticas", emendou a estudante Luiza.

Assessor diz que só o fim da paralisação resolve problema

Pelo menos 100 estudantes estrangeiros devem estar na mesma situação que as alemãs, segundo informou o assessor adjunto para assuntos internacionais da Ufba, professor Alan Baxter.

Ele lamenta o ocorrido, mas diz que não há muito o que se fazer, "a não ser esperar pelo fim da greve".

De acordo com a assessoria de comunicação da universidade, somente após o término do movimento de paralisação  o calendário acadêmico deverá ficar pronto, o que, por consequência, abrirá uma "janela" para a realização das matrículas dos estudantes.

Baxter mostrou preocupação quanto à permanência dos estrangeiros no Brasil, que dependem da matrícula para renovar os vistos. "Lamentavelmente, não há outra solução. A greve é ruim para todos os alunos, porém os estrangeiros dependem da matrícula para renovar o visto", disse.

Ainda de acordo com o professor,  universidades estrangeiras têm mantido contato com a Ufba para saber como proceder nesse período de greve. "Todas têm perguntado: enviamos ou não enviamos mais estudantes para vocês?".

Paralisação

Iniciada em 28 de maio passado, a greve de professores e técnicos da Ufba segue um movimento nacional por valorização da educação, que protesta contra a falta de verbas imposta pelos cortes orçamentários do Ministério da Educação (MEC).

Embora o movimento ocorra por tempo indeterminado, Baxter não acredita que a greve ultrapasse 100 dias. "O histórico das greves aponta para isso. Penso que haverá tempo para os alunos", acrescentou.

 

Fonte:   A Tarde - BA  12/08/2015 e GS Noticias CSB

 


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