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Notícias

Abraço ao Jardim Botânico reúne 5 mil pessoas

Chuva não impediu protesto contrário ao fechamento do órgão que elabora lista de espécies ameaçadas

A chuva registrada na manhã de ontem não assustou os funcionários e simpatizantes da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB). Com camisetas e cartazes exibindo frases de apoio ao órgão, cerca de 5 mil pessoas participaram de um abraço simbólico ao Jardim Botânico, em Porto Alegre.

Entre os manifestantes, estudantes universitários, alunos do Ensino Médio, representantes de ONGs ligadas à preservação da biodiversidade, associações de moradores da região e servidores públicos da FZB, da Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) e da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam).

Toda essa movimentação é motivada pelo projeto de lei entregue pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa na sexta-feira passada, que prevê a extinção da Zoobotânica.

A proposta está inserida em um pacote, que inclui três projetos para o fechamento de fundações ? além da FZB, a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e a Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs). Se aprovados, cerca de 260 trabalhadores da FZB e da Fundergs seriam demitidos. Servidores de carreira da Fepps seriam absorvidos pela Secretaria Estadual da Saúde.

"Há sinais já colocados por alguns representantes do governo de que os funcionários da FZB poderiam ser realocados para a Fepam e a Sema, mas aí nos perguntamos: por que extinguir um órgão que está funcionando e tem um papel definido, se o impacto orçamentário permanecerá o mesmo?", questiona Glayson Bencke, biólogo e pesquisador da fundação.

Além de administrar o zoológico de Sapucaia do Sul, o Jardim Botânico e o Museu de Ciências Naturais, a FZB também é responsável pela elaboração da lista de espécies ameaçadas de extinção na fauna e na flora gaúcha e pelas diretrizes técnicas para o fornecimento de licenciamento ambiental para empreendimentos no Estado. Executa, ainda, outras funções, como a produção de peçonha para soro antiofídico, sendo, hoje, o único órgão da região Sul que desenvolve esse trabalho.

Flavio Flores Pires, engenheiro agrônomo e funcionário da FZB cedido ao zoológico de Sapucaia do Sul, critica a falta de uma política de Estado, acima da de governo. "Em 2012, foi feito um plano de cargos e salários para a FZB, aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa. A justificativa para a aprovação incluía a necessidade de aumentar a qualidade ambiental no Rio Grande do Sul e a importância de preservar o patrimônio da fundação, de R$ 63 milhões, entre áreas, animais, vegetais e a nossa coleção histórica. Para onde foi agora a preocupação com esse patrimônio?", ironiza. Pires preocupa-se com o futuro do zoológico, que recebe animais apreendidos pela Polícia Ambiental e, se o lugar for fechado, não terão destino certo.

Entidades gaúchas em defesa do meio ambiente anunciam apoio à manutenção da Zoobotânica

Entre as entidades que já anunciaram apoio à Fundação Zoobotânica, estão o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (Ingá), a Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Apedema-RS), a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e o Instituto Curicaca. Segundo o coordenador técnico do Curicaca, Alexandre Krob, a Zoobotânica é a instituição de atuação ambiental pública que mais contribui com a proteção ambiental da diversidade do Estado.

"Grande parte dos técnicos, pesquisadores da área e ambientalistas gaúchos passaram pela FZB. Eu posso ficar um bom tempo listando as contribuições que a Zoobotânica deu para o nosso campo de atuação em seus 40 anos de existência, pois ela é gestora do Museu de Ciências Naturais, que tem uma coleção riquíssima sobre fauna e flora e serve de subsídio para trabalhos nacionais e internacionais. Isso não tem preço, tem um valor inestimável", afirma Krob. Para o coordenador, é uma "afronta à inteligência dos gaúchos" fechar um órgão como esse.

Na opinião de Krob, a capacidade intelectual da FZB é uma "pérola". "Se essas pessoas estivessem no mercado de trabalho, as empresas correriam atrás delas, pois são profissionais com 30, 40 anos de experiência, currículos invejáveis. Como o Estado abrirá mão disso? O caminho correto deveria ser o contrário, no sentido de investir mais na preservação, e só vemos perdas", lamenta.

 

Fonte:  Jornal do Comércio - RS   12/08/2015  e GS Noticias CSB

 


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