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Fed pode demorar mais para subir os juros

A mudança de regime cambial na China pesa sobre os mercados e sobre as expectativas para o "timing" da alta de juros nos Estados Unidos. Segundo dados do CME Group, a probabilidade de aperto monetário na reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em setembro, embutida nos preços dos Treasuries (títulos do Tesouro), caiu de 50% para 39% de na terça para ontem, evidenciando a força do impacto da notícia sobre os investidores.

São várias as preocupações do mercado, que reagiu com excessiva volatilidade ao segundo dia de desvalorização do yuan. A moeda chinesa foi fixada ontem 1,6% abaixo do nível de referência de terça-feira, que foi determinado em 1,9% menor do que no dia 11.

A sequência de desvalorizações, agora pautadas por forças do mercado (ao menos em parte), assusta os agentes aparentemente em função de ter sido um movimento abrupto, embora defensável por conta da moeda estar apreciada, nas contas do Banco Mundial e de instituições privadas.

Naka Matsuzawa, estrategista do Nomura na Ásia, enumera algumas razões para a sensibilidade do mercado: 1) o movimento foi abrupto; 2) as preocupações dos investidores na sequência da decisão atestam o grau de alarme dos políticos chineses com a desaceleração da economia; 3) o medo de que, se a China pretende impulsionar sua economia somente por meio de políticas monetárias e cambiais, o país se tornaria apenas exportador de deflação para o resto do mundo e, portanto, confundiria os mercados financeiros globais; e 4) preocupações sobre o impacto disso na decisão do Fed.

O fato é que um aperto nas condições financeiras globais é um ponto que pesa nas avaliações do Fed acerca do ambiente econômico mundial, mas há muita dúvida de quanto isso impactaria a próxima decisão. Muito dependerá da extensão da volatilidade. Um ponto importante citado é que, se os preços das commodities e as expectativas de inflação continuarem a cair, o Fed talvez precise adiar a alta de juro para avaliar com cautela o cenário.

O Bank of America (BofA) pondera que o Fed se preocupa menos com a taxa de câmbio bilateral do que com o dólar ponderado pelas moedas de seus parceiros comerciais. "A velocidade também é importante: uma apreciação mais rápida [do dólar] pode ser mais perturbadora e, portanto, mais propensa a injetar cautela adicional para as deliberações do Fomc", diz o banco, em análise.

Segundo William Duddley, do Fed de Nova York, a valorização de 15% do dólar cortaria 0,6 ponto percentual do crescimento do PIB americano ao longo do ano, lembra o BofA. Esta estimativa é semelhante às do conselho do Fed, cujo principal modelo macro sugere que uma apreciação de 10% do dólar ponderada pelo comércio reduz o PIB em cerca de 0,4 ponto a 0,5 ponto percentual no prazo de quatro trimestres.

Apesar disso, a instituição não acredita que o BC americano deixará de subir os juros no mês que vem, embora reconheça que precisará "fazer uma avaliação de risco: a maior incerteza após a depreciação do yuan chinês é suficiente para justificar o adiamento da decolagem?", questiona o banco. O Fomc também tem a opção de diminuir o ritmo de aumentos subsequentes, é bom lembrar.

Se o governo chinês continuar a depender exclusivamente das políticas monetária e cambial, os investidores devem ficar ainda mais tensos, como na desvalorização de janeiro de 1994, quando o Fed estava se movendo para um aperto monetário e o dólar se fortalecia muito, situação bem semelhante à de agora.

Fonte:  Valor Online - 13/08/2015


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