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Dólar teria de ir a R$ 4,21 em 1 ano para investidor obter lucro com câmbio

Se para muitos a alta do dólar é sinônimo de prejuízo e de mudança de planos, outros enxergam o momento como oportunidade para ir na contramão do mercado e investir.

A princípio a ideia pode parecer interessante em razão da escalada da moeda estrangeira, mas o potencial lucro tende a ficar no papel quando for realizado cálculo financeiro mais detalhado.

O dólar comercial não é o valor praticado pelas casas de câmbio e bancos que vendem a moeda para o consumidor pessoa física. E é nesse momento que a dificuldade de obter boas margens começa.

A compra efetiva do dólar é realizada a partir do dólar turismo, taxa de câmbio que inclui o valor do comercial acrescido de "spread" [diferença entre o preço para grandes e pequenas transações) usado como remuneração à instituição financeira responsável pela transação. Sobre essa taxa há ainda 0,38% de IOF na aquisição de papel-moeda.

O mesmo é válido para a revenda da moeda quando realizada em casas de câmbio: o valor pago pelas instituições é inferior ao dólar comercial, garantindo-lhes benefícios pelo serviço prestado.

Assim, para que, de fato, seja possível lucrar com a especulação cambial, é necessário que a valorização da moeda seja grande o suficiente para superar o "spread" da aquisição, somado ao da venda, e mais o IOF nos dois lados.

Finalmente, para valer realmente a pena, deverá ainda oferecer uma margem adicional de ganho para cobrir o rendimento que esse dinheiro teria se ficasse aplicado em reais nesse período pela Selic.

Em um exemplo prático, com dólar comercial a R$ 3,48 e o dólar turismo a R$ 3,46 na compra (valor pelo qual a casa de câmbio adquire o dólar do consumidor) e a R$ 3,67 na venda (valor que o consumidor paga para comprar o dólar), será necessário que a moeda apresente valorização de cerca de 6,75% para que se equiparem os valores de venda e compra e outros 14,25% ao ano para que seja superada a taxa básica de juros.

Resumidamente, a moeda precisará ter um aumento de de cerca de 21% em todas as suas subidas no ano para que, de fato, possa ser obtida uma margem mínima de lucro.

Em termos práticos, o dólar teria de atingir R$ 4,21, uma diferença de R$ 0,73, para gerar retornos positivos ao investidor que se encontrar na situação acima. E isso sem considerar custos adicionais com deslocamento e pesquisa.

A taxa de câmbio apresenta oscilações constantes, com novos equilíbrios sendo encontrados ao longo do tempo, de acordo com as expectativas dos agentes. Dessa forma, o risco será sempre inerente à aplicação. Em nenhum caso será possível garantir a subida brusca ou a queda súbita da moeda.

Fonte:  Folha de S. Paulo Online - 17/08/2015 


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