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Medida para crédito envolveu Fazenda

O Ministério da Fazenda participou desde o começo das negociações para a criação das linhas de financiamento de bancos públicos para o setor automotivo. Fontes do governo e das instituições financeiras oficiais também negam qualquer semelhança do programa atual com os adotados durante a "Era Mantega".

"Não tem dinheiro novo nem subsídio como havia nas linhas de credito anteriores", disse uma fonte da Fazenda. "A Fazenda participou das negociações, eles tinham representantes em todas as reuniões", disse uma fonte ligada aos bancos federais.

Preocupado com a forte desaceleração da economia, o governo iniciou, há cerca de dois meses, discussões com o setor automotivo para criar linhas de financiamentos, num trabalho coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. O grupo de trabalho incluiu representantes graduados da Fazenda e do Planejamento, além de dirigentes dos bancos.

Anteontem, a Caixa Econômica Federal anunciou uma linha de pelos menos R$ 5 bilhões para o financiamento do setor automotivo, com foco no setor de autopeças. Ontem, foi a vez do Banco do Brasil, com uma oferta semelhante, de R$ 3,1 bilhões.

A ação concertada disseminou receios de que o governo Dilma Rousseff tenha retornado à política de usar os bancos públicos para estimular artificialmente a economia, como ocorreu no seu primeiro mandato, quando a Fazenda estava sob o comando do economista Guido Mantega.

Para muitos, seria um sinal de fragilidade do atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que desde a sua posse no início do ano vem atuando para acabar com o que chama de "dualidade do mercado", com papel pronunciado dos bancos públicos e dos empréstimos direcionados.

Ontem, uma fonte da Fazenda procurava mostrar que, na realidade, as novas linhas de crédito não guardam semelhanças com as iniciativas do primeiro mandato de Dilma, pois não incluem subsídios novos diretos ou indiretos. "Sabemos que isso vai ter um efeito limitado, mesmo porque não há subsídio novo, além dos que já existem", disse.

Uma fonte de um banco oficial reconheceu que, muito provavelmente, os volumes efetivamente contratados vão ficar abaixo dos montantes anunciados. Isso porque os valores representam uma demanda mapeada do setor automotivo, mas a efetiva concessão dos empréstimos dependerá da aprovação das operações nos comitês de crédito dos bancos, que adotaram critérios mais restritivos diante dos riscos pronunciados provocados pela recessão.

Segundo a fonte da Fazenda, o programa não tem nada diferente de uma política comercial - ou seja, ele parte do pressuposto de que deverá haver interesse dos bancos em emprestar e das empresas em tomar crédito. "O governo não tem o objetivo de forçar o banco público a fazer um mau negócio", afirmou.

Assim, o programa não deve causar distorções no mercado. "Não está se escolhendo um setor para beneficiar, não está havendo perda de eficiência econômica", diz a fonte. "É uma inciativa para mobilizar a demanda. O que os bancos estão dizendo para o setor automotivo é que, se quiser comprar, há crédito disponível."

O setor automotivo, destacou a fonte oficial, deve ter a clareza de que há limites em adotar estratégias com base apenas na demanda agregada e de que "será necessário enfrentar o seu problema histórico de produtividade, que não pode mais ser empurrado para frente".

Um dirigente de banco federal ponderou que as linhas não são dirigidas a financiar diretamente o consumo de automóveis, e sim para dar capital de giro para as empresas da cadeia produtiva, com o risco mitigado pelas grandes montadoras. "É um programa focado, não é para alavancar o consumo", diz a fonte.

Também não houve mudança na tabela de juros praticadas pelas instituições oficiais. No caso da Caixa, porém, empresas que assumirem compromissos de manutenção de empregos serão beneficiadas com taxas preferenciais, que já são hoje oferecidas para empresas com bom relacionamento com o banco federal.

20/08/2015 - Fonte:  Valor Online


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