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Apesar de queda recente, Bovespa ainda não está barata

Na avaliação de Raymundo Magliano Neto, presidente da Magliano Corretora, boas opções estão escassas na bolsa

O Ibovespa acumula queda de 8,29% em agosto até ontem e de 6,72% no ano, mas ainda assim não está barato. Segundo analistas, o índice é negociado a uma relação entre preço de ações e lucro projetado (P/L) em 11 vezes pelo consenso de mercado, próxima da média histórica, de 10,5 vezes. A redução constante das projeções para os resultados das empresas impede que a bolsa fique atrativa.

Os especialistas dizem que ainda há muitos riscos no horizonte e é difícil prever uma recuperação do Ibovespa. Como se não bastasse um cenário ruim para todos os emergentes, afetados por dúvidas sobre o crescimento chinês e o momento de alta dos juros nos Estados Unidos, o Brasil enfrenta seus próprios problemas: estresse político constante e desaceleração da economia. Há ainda o medo de que o país perca o grau de investimento pelas agências de classificação de risco e o mercado também acompanha as perspectivas de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não vejo motivos para comprar Ibovespa agora", diz o estrategista da XP Investimentos, Celson Plácido. Segundo ele, o índice está "poluído" pelo comportamento de ações importantes. Vale sofre com a queda do minério de ferro, Petrobras é prejudicada por uma dívida elevada, o setor siderúrgico está enfraquecido e até mesmo o varejo começa a sentir a desaceleração econômica local.

O professor e coordenador do laboratório de finanças do Insper, Michael Viriato, diz que o P/L enfrenta a "tempestade perfeita", ou seja, tanto o preço das ações quanto o lucro projetado pelo mercado para as empresas estão caindo. As estimativas de resultados das companhias, afirma o professor, estão sendo revisadas, acompanhando projeções cada vez piores para o Produto Interno Bruto (PIB). "No começo do ano, o mercado esperava leve queda do PIB. Agora, a estimativa para 2015 é de queda de 2,01%, segundo a pesquisa Focus", diz.

O professor acrescenta que o risco embutido nos negócios com ações também aumentou. E esse item entra no cálculo dos lucros e dos preços projetados das ações, diminuindo o número final. "Hoje podemos dizer que o Ibovespa está no valor justo. O mercado se ajustou à piora dos resultados futuros", diz. Para ele, os resultados das empresas podem piorar ainda mais, antes de melhorar. "Ninguém vislumbra melhora no curto prazo." Viriato afirma que, além de todos os entraves previstos, o país enfrenta uma inflação resistente, que consome a renda da população e diminui seu poder de compra.

O P/L utilizado pelo mercado é feito com base em lucros projetados. Com isso, cada casa tende a criar seu próprio múltiplo, com prazos próprios. Algumas projeções, aliás, superam o consenso atual. Caso do Credit Suisse, que divulgou ontem um relatório com P/L projetado para o Ibovespa de 12,6 vezes para este ano. Para 2016, o múltiplo cai para 9,6 vezes.

Raymundo Magliano Neto, presidente da Magliano Corretora, corrobora a visão negativa para o índice. "A bolsa não está barata. A recessão vai ser pior do que imaginávamos", diz. Segundo ele, a carteira recomendada de ações da casa fica cada vez mais enxuta, já que as boas opções estão escassas. As oscilações do câmbio, comenta, são um fator extra de indefinição e estresse e o movimento das moedas no mundo só deve estabilizar após o anúncio da alta de juros nos Estados Unidos. O executivo diz que, se o Ibovespa encerrar o mês no patamar atual, ou um pouco abaixo, abrirá espaço gráfico para buscar os 40 mil pontos.

Especialistas dizem que o Ibovespa não está barato mesmo ao se levar em conta que trata-se de um "novo" índice, em vigor desde o ano passado, após uma reformulação. O Ibovespa passou a ter mais peso de setores com P/L maior. AmBev, por exemplo, negocia entre 18 e 20 vezes o P/L e, atualmente, possui 8,7% do índice. Ações de empresas que vendem commodities e de construção civil, com P/Ls mais baixos, perderam espaço para o varejo e serviços financeiros, mais "caros", diz Plácido, da XP. Para ele, os bancos são um setor barato atualmente na bolsa. Itaú e Bradesco, que negociam normalmente a dez vezes o P/L, estão em torno de sete vezes.

21/08/2015 - Fonte:  Valor Online


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