Agora não existem mais dúvidas: os ajustes na economia, que deveriam acontecer em 2015, vão continuar em 2016. As complicações políticas e o cenário desfavorável na China, com sérias repercussões para a economia global e brasileira, em particular, reforçaram a necessidade de o governo aprofundar o corte de despesas públicas e enxugar o tamanho da máquina estatal, emitindo ao mercado o sinal possível de boa vontade diante do quadro. Ontem, a presidente Dilma avisou no interior paulista "não ter como garantir que situação em 2016 será maravilhosa", embora rejeite "a dificuldade imensa que pintam".
Mais cortes de gastos
Ontem também um sinal nessa direção foi dado pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Ele informou que a proposta do Orçamento da União para 2016 vai prever medidas de redução de gastos com a folha salarial do funcionamento público e da Previdência Social. A proposta, em fase final de elaboração para ser encaminhada ao Congresso, também deverá contemplar o enxugamento dos ministérios e outras medidas de reforma administrativa. Isso tudo em um contexto de aumento de incertezas decorrente das mudanças na economia da China.
26/08/2015 - Fonte: DCI