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Economia criativa entra na pauta da Assembleia Legislativa

A economia criativa, segundo a Firjan, corresponde a 2,2% do Produto Interno Bruto mineiro/Reprodução

Segundo definição do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Economia Criativa é o termo criado para nomear modelos de negócio ou gestão que originam atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos visando à geração de trabalho e renda. 

De acordo com levantamentos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), publicados pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), a economia criativa corresponde a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro. 

Ainda que o percentual pareça pequeno, a economia criativa se mostra cada vez mais como modelo de desenvolvimento e alternativa viável para a geração de emprego e renda no Estado. A importância do tema levou a Comissão de Turismo, Comércio, Indústria e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a realizar audiência pública a pedido do deputado Agostinho Patrus Filho (PV). 

"O objetivo da audiência pública era escutar o poder público, o mercado e a sociedade civil sobre como articular e apoiar as ações que estão sendo desenvolvidas e incentivar a criação de novos projetos que englobem a Economia Criativa. Estamos falando de modelos de desenvolvimento socioeconômico que não são excludentes, mas que podem conviver simultaneamente, complementando ações e potencializando resultados. O que se pretende, ao colocar a economia criativa em debate, é ampliar os modelos de desenvolvimento e não substituir os existentes", explica Patrus Filho. 

A burocracia foi um dos grandes entraves apontados pelos participantes. Baseadas na colaboração e no compartilhamento, as atividades da Economia Criativa têm estruturas mais flexíveis e ágeis, que necessitam de prazos mais curtos para serem desenvolvidas. "Foi uma troca muito positiva na Assembleia. Ficou claro que a burocracia é um grande entrave. De outro lado, também ficou nítido que os empreendedores fazem as coisas, mesmo a despeito disso. Hoje, existe uma força muito grande de pessoas se mobilizando, usando os financiamentos coletivos", aponta o fundador da galeria de arte Quarto Amado e da galeria de moda AMDO, Bernardo Biagioni. 

Vocação - "Belo Horizonte tem um grande potencial, mas falta alguns estímulos, um canal que desburocratize as iniciativas. São muitas ideias boas que têm que se enquadrar em leis e editais engessados e acabam morrendo. Ver essa discussão chegar à Assembleia prova que estamos conseguindo mostrar a relevância da Economia Criativa", comemora o arquiteto e urbanista - idealizador dos projetos A Alfaiataria e Guajajaras Comunidade Criativa -, Lucas Durães. 

Para a analista técnica do Sebrae Minas e gestora de economia criativa, Raquel Vilarino Reis, a principal demanda é, mesmo, a questão da burocracia. O fato de a economia mineira ser baseada em commodities ainda ajuda a compor uma cultura empresarial e jurídica menos livre. "Ainda vivemos em um mundo baseado na economia tradicional. Não estamos acostumados a tratar colaborativamente quem antes víamos como concorrentes. No Sebrae Minas é um tema relativamente novo e estamos aprendendo uma nova linguagem para criar produtos e serviços mais adequados", destaca Raquel Vilarino Reis. 

Caminhos - Apesar das dificuldades, os participantes da audiência valorizaram a vocação de Belo Horizonte e de Minas Gerais para a Economia Criativa. O segredo seria transformar a força cultural em produtos e oportunidades adequados para um público cada vez mais interessado em autenticidade e originalidade. "A nossa cultura é muito forte e precisamos aproveitar, divulgar e tirar proveito econômico disso. Podemos ter um mundo em que o tangível e o intangível convivam. Para isso precisamos falar em gestão, planejamento, preço, criação de produto, entre outros pontos. Não é feio ganhar dinheiro com cultura. Temos um cenário favorável e o desafio é fazer as pessoas conversarem e colaborarem. Precisamos agregar valor ao destino Minas Gerais", aponta a analista técnica do Sebrae Minas. 

A cofundadora e Coordenadora de Marketing do movimento Savassi Criativa, Natalie Oliffson, avalia que para que isso seja possível, as diferentes instâncias governamentais precisam agir como facilitadoras. "O governo precisa ser um catalisador, um apoio para os diversos personagens e, de preferência, não colocar mais entraves. Incentivos fiscais seria uma boa ferramenta, por exemplo. A Economia Criativa procura novas formas de fazer negócios e precisamos ser um território atrativo, um ambiente favorável a esses negócios. Acredito que sejamos um celeiro de talentos e ideias em diversas áreas, mas fazemos as coisas ainda muito isoladamente. Não precisamos nos preocupar em ser um polo, mas em fazer as coisas bem feitas", aponta Natalie Oliffson. 

17/09/2015 - Fonte:  Diário do Comércio - MG 


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