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Cartão de crédito tem juros de 403% ao ano

Os brasileiros que precisam apelar a empréstimos e a financiamentos correm o risco de verem as dívidas se tornarem  impagáveis. O Banco Central informou ontem que as taxas de juros dispararam e atingiram níveis impensáveis em economias civilizadas. Os encargos médios cobrados no rotativo do cartão de crédito alcançaram, em agosto, 403,5% ao ano, o patamar mais elevado desde o início da série histórica, em março de 2011. Isso significa dizer que, aqueles que insistirem em pagar apenas a parcela mínima do cartão, poderão, em três meses, tornar-se inadimplentes. 

No cheque especial, a situação não é muito diferente. Os juros fecharam o mês passado em 253,2% ao ano, na média, taxa que não se via desde setembro de 1995 - ou seja, há vinte anos. Segundo os especialistas, muitos brasileiros que estão recorrendo a essa modalidade de crédito já estouraram todos os limites de linhas mais baratas, como o consignado. Portanto, estão a um passo do calote. Linhas de crédito caras como essa só devem ser acessadas em caso de emergência. Nunca para sustentar o consumo. 

Pelos cálculos do BC, mesmo tomando menos crédito, os brasileiros estão pendurados como nunca nos bancos, resultado do consumo desenfreado dos últimos anos, estimulado pelo governo. No total, as famílias devem R$ 1,479 trilhão ao sistema financeiro, o correspondente a 25,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Não por acaso, o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, pede cautela. "Estamos em um nível relativamente elevado de taxas de juros", disse. Na média das linhas de crédito disponíveis no mercado, a taxa para as pessoas físicas chegou a 61,2% ao ano, também a maior da série histórica. 

Inflação 
Segundo o BC, os bancos não se limitaram a repassar à clientela apenas a alta da taxa básica (Selic), que serve de parâmetro para a formação do custo do dinheiro, que atingiu 14,25% anuais. As instituições financeiras ampliaram as margens de lucro. Para constatar isso, no entender da autoridade monetária, basta ver o spread bancário, que é a diferença entre o que os bancos pagam aos investidores e o que cobram dos devedores. Da taxa média de 61,2%, 47,4 pontos percentuais, ou mais de dois terços (76,3%) dos juros, ficam para as instituições. Por isso os lucros recordes dos bancos, mesmo em tempos de recessão. 

Na avaliação do economista João Morais, da Tendências Consultoria, a vida dos devedores não será fácil. As famílias terão de conviver com juros em alta, desemprego em disparada e inflação corroendo a renda. Essa combinação, por sinal, já está impactando a inadimplência. O índice calculado pelo BC encerrou agosto em 5,5%, o nível mais alto desde novembro do ano passado. É justamente o temor de aumento do calote que está levando os bancos a serem tão conservadores na hora de conceder crédito. De cada 10 pedidos, no máximo dois são liberados. Mesmo assim, a juros elevadíssimos. 

"A desaceleração da massa de rendimentos resulta em mais riscos às instituições financeiras", afirmou Morais. Como mecanismo de prevenção contra possíveis calotes, o aumento dos juros será natural. "O quadro econômico e político é de muita incerteza. A alta do desemprego compromete as chances de as famílias honrarem seus compromissos em dia", ressaltou. 

24/09/2015 - Fonte:  Correio Braziliense - Edição Digital 


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