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Mercado se acalma, mas segue sob pressão

A atuação coordenada do Banco Central e do Tesouro Nacional na semana passada ajudou a restabelecer a capacidade do mercado para definir preços. Dólar e juros retomaram no pregão de sexta-feira níveis próximos aos observados no início da semana, antes de ingressarem em uma espiral negativa. O que esse movimento demonstra, segundo analistas, é que BC e Tesouro conseguiram trazer de volta as condições de normalidade dos mercados. Mas, dizem, é como se o pico de febre de um paciente com uma doença grave tivesse sido controlado e, agora, a infecção volta a ser tratada. Ou seja, os riscos e incertezas permanecem. E o mercado vai seguir ajustando os preços a esse quadro.

"O BC acalmou um pouco o mercado, mas a pressão de alta do dólar está relacionada com a questão fiscal, que está muito ruim e, se o governo não conseguir resolver essa questão, um novo rebaixamento do rating soberano será inevitável", afirma Paulo Petrassi, sócio e gestor da Leme Investimentos.

Depois de uma semana de forte volatilidade nos mercados, em que o dólar chegou a ser negociado a R$ 4,2484 durante o pregão de quinta-feira, a dinâmica de alta da moeda americana foi quebrada após o BC intensificar a atuação no câmbio, além de declarações do presidente da instituição, Alexandre Tombini. A moeda americana encerrou a sexta em queda de 0,45%, a R$ 3,9737, acumulando valorização de 0,38% na semana e de 9,54% no mês.

Segundo analistas, embora o BC tenha enfatizado que não persegue um nível para a taxa de câmbio, o mercado agora vai começar a testar qual o patamar do dólar que começa a incomodar o BC. "Parece que ele está tentando colocar um teto do dólar a R$ 4", afirma um analista que lembra que, na sexta-feira, quando a moeda passou desse patamar, o BC anunciou um leilão extra de swap cambial.

Na quinta-feira, Tombini afirmou que o país conta com reservas cambiais que servem como um seguro e que podem e devem ser usadas. As reservas internacionais somam US$ 371,02 bilhões, sexto maior volume do mundo. Para analistas, apesar de deixar claro que pode utilizar esse colchão, o BC só deve vender dólares no mercado à vista se verificar uma forte saída de recursos do país. "O BC tem uma enorme resistência em vender dólares das reservas e não parece disposto a fazer isso, pois o fluxo cambial ainda está comportado e não faltam dólares no mercado local", afirma um gestor.

A última vez que o BC vendeu dólares no mercado à vista foi em fevereiro de 2009. "Acho que o BC vai continuar atuando por meio de leilões de swap cambial e linha para conter a volatilidade quando necessário, mas sem se comprometer com um programa de intervenção diária", diz o gestor.

Já as taxas de juros futuros recuaram das máximas na BM&F após os leilões de recompra de Notas de Tesouro Nacional -série F (NTN-F). O Tesouro anunciou que vai fazer leilões diários de compra e venda desses papéis prefixados até 2 de outubro. Na sexta, o contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com prazo em janeiro de 2017 recuou de 15,67% para 15,59%, e o DI de janeiro de 2021 caiu de 16% para 15,73%.

Tombini também afirmou na quinta passada que os juros básicos devem ser mantidos por tempo suficientemente prolongado, afastando rumores de que o Copom recorreria a reunião extraordinária para subir a taxa Selic, ao melhor estilo do fim da década de 90. Tombini deixou claro que isso não está na pauta.

Os sinais do BC, juntamente com os leilões de recompra do Tesouro, diminuíram o ímpeto de agentes em zerar posições porque confirmaram que as portas de saída estão abertas. E que o BC não está alheio a situações de anormalidade. Vale lembrar que, para os estrangeiros, detentores de 20% da dívida mobiliária, essa é condição fundamental para que as posições sejam mantidas. São agentes que têm condição de aguentar a volatilidade, por terem perfil de longo prazo. Mas precisam ter confiança na forma das instituições do país.

Agora, restabelecida a dinâmica de mercado, o jogo segue, com toda a volatilidade e busca por proteção que têm caracterizado os negócios.

28/09/2015 - Fonte:  Valor Online


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