O reajuste de 6% para a gasolina e 4% para o diesel, anunciado pela Petrobras, foi uma surpresa positiva para o mercado. A expectativa média é de que o Ebitda da estatal aumente R$ 5,8 bilhões em um ano e até R$ 9 bilhões nas estimativas mais otimistas. As ações da empresa tiveram forte alta na bolsa - 9,86% para as preferenciais e 8,79% para as ordinárias.
O aumento de 6% da gasolina aos distribuidores deve chegar com intensidade de 4,5% às bombas e adicionar 0,21 ponto percentual ao índice de inflação deste ano, segundo cálculos da LCA Consultores - o maior impacto, de 0,17 ponto, será em outubro. Apesar disso, a consultoria mantém sua projeção para a inflação oficial de 2015 em 9,7%. O reajuste do diesel, de 4%, terá pouco impacto direto nos preços ao consumidor.
No mercado de etanol, estima-se que o reajuste da gasolina terá um pequeno efeito nos preços do combustível hidratado, algo em torno de R$ 0,05 por litro, ou 2,5% na usina. Trará também poucos benefícios imediatos ao setor, que já vendeu quase tudo o que produziu a preços inferiores aos do ano passado para fazer caixa e pagar contas.
Em Minas Gerais, um dos maiores Estados produtores de etanol, os usineiros comemoraram o reajuste como a segunda boa notícia do ano. Em março, Minas reduziu o ICMS sobre o etanol de 19% para 14%.
01/10/2015 - Fonte: Valor Online