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Competitividade do Brasil continua em queda livre

A forte desvalorização do real tem sido comemorada especialmente pela indústria, que considera o movimento do câmbio um ajuste importante para melhorar a competitividade do produto brasileiro, que já produz resultados positivos na balança comercial. De fato, a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) calculou que a apreciação do dólar aumentou a margem de ganho médio das exportações da indústria de transformação ao redor de 10% nos primeiros sete meses do ano, sem contar ainda a esticada recente das cotações.

Está claro, porém, que o real apreciado dos últimos anos, em parte para conter a inflação, não é o único motivo da baixa competitividade do produto brasileiro e, da mesma forma, não se pode esperar que o câmbio faça agora sozinho o trabalho para a indústria ganhar mercado, tanto entre os compradores nacionais quanto entre os internacionais. Especialistas reunidos no 12º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas há duas semanas concordaram que a recuperação da competitividade da economia brasileira depende de uma correção de rota que passa pela volta da confiança, equilíbrio fiscal, queda dos juros, melhoria da infraestrutura, reforma trabalhista e abertura comercial.

A longa lista coincide com o diagnóstico do país que acaba de ser feito pelo World Economic Forum (WEF) no Relatório Global de Competitividade de 2015-2016. O relatório informa a queda de 18 posições, a maior entre os 140 países analisados, levando o Brasil do 57º para o 75º posto, a pior colocação já registrada. Na avaliação do WEF, as principais causas da perda de competitividade brasileira são a corrupção, déficit fiscal elevado, inflação alta, incertezas políticas, perda de confiança nas instituições e fraco desempenho econômico.

O ranking é elaborado com base em entrevistas e na avaliação de cerca de 100 critérios, distribuídos em temas que vão da confiança nas instituições públicas e privadas ao ambiente macroeconômico, incluindo infraestrutura e passando pelo suporte básico da saúde e educação. Um dos maiores reveses foi registrado na capacidade de formar e reter talentos, critério em que o país despencou 33 posições para o 94º lugar. Diretamente relacionado a isso está a perda de 32 posições para o 117º posto no ambiente macroeconômico, a queda de 18 posições para a 122ª em confiança dos empresários nas instituições, e de 19 postos para o 58º no ambiente para a transferência de tecnologia por parte do investidor estrangeiro.

Houve alguma melhora na avaliação da infraestrutura para o transporte aéreo por conta dos investimentos feitos para a Copa do Mundo e para a Olimpíada de 2016. Mas o Brasil continua mal colocado nos setores que realmente importam para a produção e comércio exterior, como portos e rodovias (120º e 121º lugares, respectivamente). Na relação entre as exportações e o PIB, uma das medidas do grau de abertura da economia, o país, com sua opção pelo Mercosul, ficou em 138º lugar, só à frente de Nepal e Burundi.

As investigações de corrupção levaram o Brasil para o penúltimo lugar no critério de desvio de dinheiro público, pior do que o Paraguai, Chade e Argentina e apenas melhor do que a Venezuela. Em desperdício de gastos públicos, o país ficou em 133º lugar e, naturalmente em consequência disso tudo, em 138º em confiança nos políticos.

Avaliações feitas por outras fontes confirmam a baixa competitividade da economia brasileira, como a recentemente elaborada pela americana Cornell University, pela francesa Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que colocaram o Brasil em 70º lugar entre 141 países no Global Innovation Index.

Às voltas com a crise econômica, o governo pouco tem feito para mudar essa situação. Na verdade, tem até trabalhado contra. No início do mês, foi editada MP 694 que suspende no ano de 2016 a permissão dada às empresas para excluir os gastos com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação da apuração do lucro líquido e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Com esses incentivos, a chamada Lei do Bem, de 2005, o Brasil havia conseguido atrair centros globais de pesquisa tecnológica de multinacionais, que resolveram tocar no país projetos que levam de 8 a 10 anos para dar resultados e que agora correm o risco de serem abortados no meio do caminho.

06/10/2015 - Fonte:  Valor Online


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