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Cesta básica diminui em 13 cidades

Em setembro, o conjunto de bens alimentícios básicos teve seu valor reduzido em 13 das 18 cidades em que o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores quedas foram apuradas em Belém (-4,56%), Fortaleza (-3,88%), Recife (-3,50%) e Goiânia (-2,96%). As altas foram registradas em Belo Horizonte (0,23%), Curitiba (0,44%), Rio de Janeiro (0,74%), Vitória (0,99%) e Florianópolis (2,77%). 

Em setembro, Porto Alegre foi, novamente, a capital com a cesta com maior custo (R$ 385,70), seguido de São Paulo (R$ 383,21), Florianópolis (R$ 383,10) e Rio de Janeiro (R$ 362,90). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 280,26), Natal (R$ 282,72) e Salvador (R$ 297,07). 

Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.240,27, ou 4,11 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. No mês anterior, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.258,16, ou 4,13 vezes o piso vigente. Em setembro de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família era de R$ 2.862,73, ou 3,95 vezes o salário  mínimo então em vigor (R$ 724,00).

Variações acumuladas 

Em 12 meses, entre outubro de 2014 e setembro de 2015, as 18 cidades acumularam alta no preço da cesta. As variações ficaram entre 4,70%, em Recife, e 20,19%, em Aracaju. 

Também nos nove primeiros meses de 2015, todas as cidades apresentaram aumentos. Destacam-se as elevações registradas em Aracaju (14,07%), Curitiba (12,88%), Salvador (10,92%), Porto Alegre (10,66%) e João Pessoa (10,16%). As menores variações aconteceram em Brasília (2,61%) e Goiânia (3,32%).

Cesta x salário mínimo 

Em setembro de 2015, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 92 horas e 41 minutos, menor do que o tempo de trabalho calculado para agosto, de 93 horas e 44 minutos. Em setembro de 2014, a jornada exigida era de 89 horas e 52 minutos. 

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro deste ano, 45,79% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em agosto, demandavam 46,31%. Em setembro de 2014, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 44,40%. 

Comportamento dos preços

Em setembro, os produtos que tiveram predominância de alta nos preços das cidades pesquisadas foram pão francês, café em pó, manteiga, carne bovina e batata, produto pesquisado nas regiões Centro-Sul. Já o tomate, o óleo de soja e a farinha de mandioca, coletada nas regiões Norte e Nordeste, tiveram retração no valor na maioria das capitais. 

O pão francês seguiu com aumento de preço em 16 cidades, em setembro. As taxas oscilaram entre 0,15%, em Vitória, e 3,96%, em Belém. Houve diminuição em Curitiba (-0,81%) e estabilidade em Natal. Em 12 meses, todas as cidades mostraram elevação, com taxas entre 1,69%, em Goiânia, e 31,87%, em Aracaju. Apesar da expectativa de recorde na safra mundial e nacional de trigo, principal insumo do pão, existe a necessidade de importação do grão. Com a desvalorização do real frente ao dólar, o trigo ficou mais caro, o que tornou mais elevado o custo do pão francês. 

Em setembro, o café em pó aumentou em 15 cidades, com variações entre 0,19%, em Belém, e 7,98%, em Belo Horizonte. Houve redução nos preços em Curitiba e Goiânia (ambas com -0,44%) e Porto Alegre (-1,81%). Em 12 meses, o café acumulou alta em todas as capitais, exceto Vitória (-3,23%). As maiores elevações foram anotadas em Aracaju (19,66%), Salvador (13,67%) e Porto Alegre (13,30%). A colheita do café apresentou grãos miúdos, de forma que mais grãos foram necessários para encher a saca. Também, algumas lavouras foram prejudicadas com as chuvas de julho. Outro fator que explica a alta é o dólar valorizado, o que elevou o volume de exportações. 

A manteiga apresentou alta em 14 cidades, já que, nos meses anteriores, o período era de entressafra do leite, matéria-prima para a fabricação desse item. Em setembro, as maiores elevações aconteceram em Florianópolis (7,37%), Manaus (6,50%) e Vitória (4,72%). O menor aumento foi registrado em Aracaju (0,08%). As reduções aconteceram em João Pessoa (-0,77%), Recife (-2,87%) e São Paulo (-4,08%). Em 12 meses, a manteiga mostrou aumento em 15 cidades, com taxas acumuladas entre 1,76%, em Aracaju e 24,80%, em Vitória. 

O preço da carne bovina apresentou elevação em 13 capitais, em setembro, com taxas que oscilaram entre 0,10%, em Manaus, e 5,73%, em Florianópolis. Em Fortaleza (-0,36%), Porto Alegre (-0,45%), Curitiba (-0,85%), Salvador (-1,17%) e Brasília (-1,97%) houve recuo no preço médio. Em 12 meses, o valor aumentou em todas as cidades e as taxas variaram entre 11,40%, em Belo Horizonte, e 32,97%, em Aracaju. Alto custo de reposição de bezerros e exportação recorde de carne reduziram a oferta e aumentaram a cotação da carne no varejo. 

Em setembro, a batata apresentou alta em oito das dez capitais da região Centro-Sul, onde é pesquisada. Os principais percentuais foram apurados em Curitiba (27,86%), Vitória (25,93%) e Belo Horizonte (22,18%). As únicas quedas aconteceram em Florianópolis (-1,78%) e Goiânia (-5,81%). Em 12 meses, as taxas acumuladas foram altas e positivas em todas as cidades, com variações entre 56,82% em Florianópolis e 137,59% no Rio de Janeiro. As chuvas em várias regiões do país atrapalharam a colheita da batata, elevando o preço do tubérculo. 

O tomate mostrou diminuição no preço, em 17 cidades, em setembro, com destaque para as variações de Goiânia (-29,70%) e Belém (-28,81%). Apenas Florianópolis apresentou elevação (2,13%). Em 12 meses, o tomate acumulou alta em 11 cidades, com taxas entre 0,78%, em Recife, e 25,00%, em Curitiba. As quedas mais expressivas ocorreram em Brasília (-8,58%) e Vitória (-7,95%). A safra de inverno e a oferta de tomate industrial elevaram a oferta e reduziram o preço. 

O óleo de soja teve o valor reduzido em 14 cidades. As retrações oscilaram entre -5,03%, em Manaus, e -0,29%, em Porto Alegre. Em Belém (0,29%), Campo Grande (0,59%), Vitória (0,66%) e Rio de Janeiro (0,90%) foram registrados aumentos. Em 12 meses, o óleo de soja subiu em 14 capitais, com destaque para Porto Alegre (12,46%), São Paulo (8,27%) e Belo Horizonte (7,55%). Apesar do período de entressafra de soja, das altas exportações e da baixa oferta do grão no mercado interno, no varejo, os preços do óleo de soja seguem diminuindo. 

A farinha de mandioca, pesquisada no Norte e Nordeste apresentou retração em seis das oito cidades. As altas aconteceram em João Pessoa (2,62%) e Recife (1,53%) e as reduções mais expressivas em Belém (-5,94%) e Fortaleza (-5,49%). Em 12 meses, apenas Aracaju registrou elevação de valor (7,78%), as demais capitais tiveram redução entre -16,10%, em Manaus e -5,49%, em Belém. A oferta de mandioca tem sido suficiente para atender à demanda da indústria, apesar de os produtores terem priorizado o plantio e não a colheita. 

São Paulo 

A cesta básica em São Paulo custou R$ 383,21, a segunda mais cara entre as pesquisadas pelo DIEESE nas 18 cidades. Entre agosto e setembro, houve diminuição de -0,73% no custo total do conjunto de gêneros alimentícios. Na comparação com setembro de 2014, a alta foi de 8,19%, e em 2015, de 15,04%. 

Quatro produtos tiveram variações negativas em setembro: óleo de soja (-0,35%), manteiga (-4,08%), leite integral (-6,77%) e tomate (-13,05%). As altas foram registradas na banana nanica (0,25%), farinha de trigo (0,44%), açúcar (0,53%), café em pó (0,54%), arroz agulhinha (0,77%), pão francês (1,53%), carne bovina (1,73%) e batata (9,12%). O feijão carioquinha não apresentou variação entre agosto e setembro. 

Nos últimos 12 meses, 12 produtos acumularam alta. Batata (77,72%), feijão carioquinha (34,41%), tomate (23,01%) e carne bovina de primeira (17,97%) apresentaram aumentos superiores à variação média anual da cesta (15,04%). Os outros itens registraram elevações inferiores: arroz agulhinha (1,16%), café em pó (5,30%), óleo de soja (8,27%), pão francês (8,72%), banana nanica (8,88%) e açúcar refinado (9,94%). Já a farinha de trigo não variou e foram anotadas retrações no preço da manteiga (-2,17%) e do leite integral (-6,77%). 

O trabalhador paulistano cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em setembro, jornada de 106 horas e 59 minutos, menor do que as 107 horas 47 minutos registradas em agosto. Em setembro de 2014, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta foi de 101 horas e 13 minutos. 

Em setembro, o custo da cesta em São Paulo comprometeu 52,86% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em agosto, o percentual exigido era de 53,25%. Em setembro de 2014, a parcela necessária para compra dos gêneros alimentícios correspondeu a 50,01%.

07/10/2015 - Fonte:  Dieese 


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