DIRETORIA – GESTÃO 2023-2025

clique aqui para acessar

 

DIRETORIA – GESTÃO 2022-2026

clique aqui para acessar

 
 
 
 
 

Notícias

FMI alerta para aumento de riscos

O crescimento global segue desigual e moderado, destacou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI), alertando ainda que os riscos de piora aumentaram nos últimos meses. De acordo com o Fundo, está em curso uma retomada modesta nas economias avançadas e uma perda de fôlego nas emergentes. O FMI reduziu as projeções de crescimento mundial em relação aos números anunciados em julho, cortando a estimativa para este ano de 3,3% para 3,1% e a do ano que vem de 3,8% para 3,6%.

O FMI destacou que a queda dos preços de commodities tem prejudicado o desempenho de grandes exportadores desses produtos, como muitos países da América Latina e também economias desenvolvidas como Canadá, Austrália e Noruega. Essas avaliações fazem parte do relatório Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado ontem em Lima, no Peru, onde o FMI e o Banco Mundial realizam a sua reunião anual em 2015. O Fundo espera que os países desenvolvidos cresçam 2% neste ano e 2,2% no ano que vem, enquanto os emergentes devem avançar 4% em 2015 e 4,5% em 2016.

"Seis anos depois de o mundo ter saído de sua mais ampla e profunda recessão do pós-guerra, o cálice sagrado de uma expansão global robusta e sincronizada permanece ilusória", disse o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld. "Apesar de diferenças consideráveis nas perspectivas de cada país, as novas projeções reduzem o crescimento esperado para o curto prazo marginalmente, mas quase em todos os casos. Além disso, os riscos de piora para a economia global parecem mais pronunciados do que há alguns meses."

Segundo Obstfeld, as projeções refletem a "intersecção de pelo menos três forças poderosas". A primeira é a transformação econômica da China, transitando de um crescimento liderado por exportações, investimento e manufatura para um modelo puxado pelo consumo e pelos serviços. O segundo fator, relacionado com o primeiro, é a queda dos preços de commodities. O terceiro é o aumento próximo dos juros americanos, "o que pode ter repercussões globais e aumentar as incertezas atuais".

A desaceleração nos emergentes reflete o ritmo mais fraco de expansão em países como a China e a recessão em nações como Brasil e Rússia. A Índia é uma das poucas exceções entre esse grupo de países. Deverá crescer 7,3% neste ano e 7,5% no ano que vem. O FMI manteve as previsões para a expansão chinesa em 6,8% para 2015 e em 6,3% para 2016. No caso do Brasil, o Fundo estima contração do PIB de 3% em 2015.

Para o FMI, o crescimento global pode surpreender mais no lado negativo do que no positivo. Uma das ameaças é o comportamento dos preços do petróleo e de outras commodities. Embora beneficie os importadores de produtos primários, é algo que pode complicar as perspectivas para os exportadores desses bens, alguns dos quais já enfrentam situações delicadas, caso de Rússia, Venezuela e Nigéria. Outro risco é uma desaceleração mais forte do que a esperada na China, caso o reequilíbrio da economia para um crescimento mais baseado no consumo e orientado para o mercado se mostrar mais desafiador do que se espera.

Outra possível fonte de problemas é uma mudança abrupta nos preços de ativos e um aumento adicional na volatilidade dos mercados financeiros, que poderia envolver "uma reversão dos fluxos de capitais para países emergentes". A turbulência nos mercados também pode crescer devido a fatores como preocupações com o crescimento potencial da China, o futuro da Grécia na zona do euro, o impacto de preços bem mais baixos do petróleo e por efeitos contágio.

Uma valorização adicional do dólar também pode causar estragos, por afetar os balanços e riscos de financiamento de companhias emergentes endividadas na moeda americana. Nesses países, os débitos de muitas empresas em divisas estrangeiras aumentou significativamente nos últimos anos.

O Fundo mostrou uma visão mais favorável sobre os países desenvolvidos. Há mais otimismo em especial sobre os EUA, que devem crescer 2,6% neste ano e 2,8% no próximo. Para o FMI, a recuperação nos EUA deve continuar, apoiada por preços mais baixos de energia, um peso reduzido da política fiscal, o fortalecimento dos balanços (de empresas e de famílias) e a melhora do mercado imobiliário. "Essas forças devem mais do que compensar o efeito negativo sobre o setor externo resultante da valorização do dólar."

Na zona do euro, o FMI vê a continuidade da recuperação em 2015 e 2016. Preços mais baixos do petróleo, o relaxamento da política monetária e a desvalorização do euro são os fatores que sustentam a retomada. A instituição projeta um crescimento de 1,5% neste ano e 1,6% no ano que vem. O FMI também prevê uma recuperação modesta do Japão. Depois de encolher 0,1% em 2014, deve crescer 0,6% em 2015 e 1% em 2016.

07/10/2015 - Fonte:  Valor Online


•  Voltar as Notícias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Federação dos Contabilistas nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia
Av. Presidente Vargas, 583 - Sala 220
CEP: 20071-003 - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Fone: (21) 2220-4358 - E-mail: fedcont@fedcont.org.br
Funcionamento: Seg à Sex de 09h às 17h
Filiado a