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Investimento estrangeiro surpreende e vai a US$ 6 bi em setembro

Os investimentos externos no Brasil surpreenderam positivamente em setembro. No mês, o Investimento Direto no País (IDP), como são chamadas essas entradas segundo nova metodologia do Banco Central, recebeu US$ 6,037 bilhões - volume significativo em relação aos US$ 3,5 bilhões esperados pelo Bradesco ou aos US$ 4,5 bilhões projetados pelo Itaú Unibanco. Para outubro, as indicações do BC são de entradas novamente robustas, ao redor de US$ 6 bilhões.

Mesmo em ambiente econômico e político bastante incerto, a percepção é que a lógica de longo prazo que pauta esse tipo de investimento ainda consegue se impor. Andréa Bastos Damico, economista do Bradesco, ressalta outros fatores que justificam os bons números, como o preço atrativo das empresas brasileiras em dólares, mercado consumidor razoavelmente forte, vantagens comparativas especialmente na agricultura e instituições fortes.

No ano, contudo, o volume de IDP cai de maneira expressiva. A baixa é de 34% para um total de US$ 48,208 bilhões. Segundo Andréa, a queda não reflete com precisão o apetite do investidor produtivo pelo país. Para ela, a nova metodologia incorpora no conceito de IDP as emissões externas feitas por empresas como Petrobras e Vale , o que tem derrubado os números, já que as empresas não emitem em meio a um cenário ruim.

"O que eu argumento é que o investidor que detém um papel desses faz operação de renda fixa e em dólar. Totalmente diferente da lógica do investimento estrangeiro direto, em que normalmente uma empresa entra no país, compra reais e investe aqui", diz Andréa.

A economista continua alimentando a série antiga de investimento estrangeiro direto (o IED) e diz que a diferença entre as metodologias é importante. No ano, até setembro, o velho IED também cai, mas bem menos (-9%), oscilando em torno de US$ 60 bilhões desde 2012. Curiosamente, o banco revisou para baixo a projeção para o novo IDP em 2015 (de US$ 70 bilhões para US$ 65 bilhões). Mas elevou a estimativa para o antigo IED, de US$ 50 bilhões para US$ 56 bilhões em 2015, ante um volume de US$ 62,5 bilhões em 2014.

Andréa admite que o volume de IED no conceito antigo vai cair tanto em 2015 quanto em 2016 em razão do PIB negativo. "Mas a queda não é tão forte quanto a nova metodologia faz parecer."

Luis Afonso Lima, economista-chefe da Mapfre Investimentos, faz algumas ressalvas. Ele lembra que a Unctad usa justamente a metologia abandonada pelo Brasil e, seguindo o conceito antigo, espera alta de 3,3% para o IED voltado a países em desenvolvimento em 2015 - bem diferente da queda de 9% registrada pelo IED brasileiro até setembro.

Lima diz ainda que o déficit externo está caindo, mas o seu financiamento pelo IDP cai mais ainda, o que significa que a necessidade de financiamento externo por investimentos de portfólio está aumentando. De fato, o déficit em conta corrente em 2014 foi de 4,42% do PIB e o IDP representou 4,13% do PIB. Em 12 meses até setembro, o déficit está em 4,18% do PIB e o IDP, em 3,79% do PIB. Em relatório, a economista Julia Gottlieb, do Itaú, vai na mesma direção, ao dizer que o financiamento tem ficado mais apertado, com queda nos fluxos de investimento direto no país e investimento estrangeiro no mercado de capitais.

26/10/2015 - Fonte:  Valor Online


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