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Saques para pagar as contas

Os brasileiros já rasparam mais de R$ 100 bilhões de suas economias em 12 meses, e a maior parte disso foi para pagar contas. Sem dinheiro para driblar o desemprego, a inflação e a queda na renda, as pessoas estão sacando mais do que depositando na caderneta de poupança desde o início do ano. Agora, com a economia em franca deterioração, os resgates chegaram aos investimentos mais rentáveis, como fundos de investimento e certificados de depósito bancário (CDBs). 

Dados preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apontam que, em 12 meses, até 27 de outubro, os saques em fundos de investimento em renda fixa superaram as aplicações em R$ 25,4 bilhões. Nos CDBs, também em 12 meses, o recuo é de R$ 31,1 bilhões. 
O maior rombo, no entanto, ainda é o da poupança, cujo rendimento médio, de 8% ao ano, sequer cobre a inflação do período. A captação líquida - depósitos menos retiradas - da caderneta está negativa em quase R$ 44 bilhões no acumulado desde setembro de 2014. 

Sem escolha 
Na avaliação de Haroldo Mota, professor de finanças da Fundação Dom Cabral, o motivo de tantos resgates é o pior possível. "As pessoas estão sem renda para manter o nível de vida. Ou perderam o emprego, ou a inflação corroeu o poder de compra. É falta de opção. Com a economia em recessão, os brasileiros estão 
recorrendo às aplicações, às vezes até mesmo perdendo o rendimento, para sobreviver ou pagar dívidas", afirmou. 

Para Carlos Albuquerque, superintendente de Produtos da Cetip, empresa que faz o registro e a liquidação de ativos, não há dúvidas de que a queda verificada no estoque dos CDBs, que estava em R$ 507,7 bilhões em setembro do ano passado e caiu para R$ 476,6 bilhões em setembro último, acompanha o movimento da poupança. "O brasileiro está fazendo cada vez mais uso das suas reservas para pagar as contas, mas também há algum tipo de migração para outras aplicações", explicou. 

Proteção 
Com os juros nas alturas, sem que isso consiga debelar a inflação, os investidores que ainda não queimaram suas economias estão recorrendo a alternativas como o Tesouro Direto. "A inércia do governo, que não faz política fiscal nem monetária, provocou resultados ruins até na renda fixa. A reação do mercado é se proteger no próprio Tesouro, que tem títulos que garantem a reposição da inflação, mais uma taxa pré-fixada, para ter rentabilidade", assinalou Carlos Henrique Oliveira, sócio da Capital Investimentos. 

"O desemprego está aumentando e as pessoas precisam pagar o custo de vida. Mas também houve uma migração para investimentos mais atrativos, como LCI (Letras de Crédito Imobiliário) ou LCA (Letras de Crédito Agrícolas), que são isentas de Imposto de Renda", disse o analista de investimentos da Rico Roberto Indech. 

Desaceleração

Carlos Albuquerque, da Cetip, observou que as letras de crédito estão lastreadas em empréstimos feitos aos setores imobiliário ou agrícola, mais restritos por conta da recessão. "Os saldos dessas modalidades, que tiveram performance positiva em 30% em dois anos, desaceleraram. Em consequência, nos últimos três meses, o CDB teve uma reação, mas em um ano a queda ainda é significativa porque os brasileiros estão usando mais suas reservas para custear as despesas do dia a dia", resumiu.

04/11/2015 - Fonte:  Correio Braziliense - Edição Digital 


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