As declarações da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, no começo da tarde de ontem foram fundamentais para mudar a trajetória de Bolsa, que devolveu a alta inicial e passou a cair. Yellen sinalizou que os juros norte-americanos podem mesmo começar a ser elevados ainda em 2015.
A bolsa paulista perdeu força, virou para baixo e operou alguns momentos bem pari passu com as equivalentes norte-americanas. Mas a forte queda do preço do petróleo acabou influenciando Petrobras, ainda penalizada pela greve dos petroleiros e por uma realização de lucros.
O recuo dos papéis da petroleira amplificou a baixa do Ibovespa, que terminou em queda de 0,71%, aos 47.710 pontos. Na mínima, marcou 47.441 pontos (-1,28%) e, na máxima, 49.054 pontos (+2,08%). No mês, acumula alta de 4,02% e, no ano, queda de 4,59%. O giro financeiro totalizou R$ 7,393 bilhões.
Petrobras ON cedeu 6,34% e Petrobras PN, 4,72%. A estatal informou que a greve dos petroleiros, iniciada na última quinta-feira, fez a produção diária da estatal recuar 13% e a disponibilidade diária de gás natural ceder 14%.
Vale também recuou, 1,97% na ON e 2,22% na PNA, devolvendo os ganhos iniciais influenciados pelo PMI positivo da China. O dado de serviços (Caixin) subiu de 50,5 em setembro para 52 em outubro, numa avaliação de que começam a surtir efeito as medidas de estímulos adotadas no país.
Nos EUA, as bolsas cediam, mas em menor intensidade, após Yellen Dow Jones perdia 0,21%, S&P, 0,32%, e Nasdaq, 0,04%, às 17h13.
Com relação ao câmbio, as declarações da presidente do Fed também foram fundamentais para firmar o avanço do dólar ontem.
O dólar comercial fechou a sessão com valorização de 0,64%, a R$ 3,7968. Na mínima, marcou R$ 3,7471 e, na máxima, R$ 3,8138.
Além da fala de Yellen, o mercado de câmbio foi influenciado por números positivos sobre a economia norte-americana. Entre eles, os do mercado privado de trabalho divulgados pela ADP, que mostraram a abertura de 182 mil vagas em outubro, ante projeção de 180 mil. Pela manhã, a moeda caía, dando continuidade à trajetória da véspera, mas perdeu força à medida que iam saindo os indicadores dos EUA. Os dados do fluxo cambial foram apenas monitorados. O País registrou saída líquida de US$ 3,5 bilhões em outubro, resultado de fluxos negativos de US$ 3,263 bilhões pela via financeiro e de US$ 237 milhões, pela comercial /Estadão Conteúdo
Fonte: DCI - 05/11/2015